O economista-chefe do Banco Fator, Jos� Francisco de Lima Gon�alves, classificou o resultado do �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril, divulgado nesta quarta-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), como "favor�vel", ao analisar os dados em 12 meses e com a ressalva de que o grupo alimentos segue exercendo press�o.
A infla��o medida pelo IPCA passou de 0,47% em mar�o para 0,55% em abril, vindo acima das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Proje��es - de 0,42% a 0,54%, com mediana de 0,48%. No ano, o IPCA acumula alta de 2,50% e, em 12 meses, a varia��o � de 6 49%. O centro da meta de infla��o do Banco Central (BC) � de 4 5%, com margem de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
Gon�alves citou, por exemplo, que as taxas dos n�cleos desaceleraram no acumulado em 12 meses at� abril frente a igual per�odo encerrado em mar�o. Segundo ele, o IPCA-EX, que exclui do c�lculo pre�os de alimentos com comportamentos mais vol�teis e combust�veis, passou de 5,74% para 5,57%. J� o IPCA-DP, abrevia��o de �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo - Dupla Pondera��o, passou de 6,07% para 5,96% e o IPCA-MS, que � o tradicional n�cleo de m�dias aparadas com suaviza��o, foi de 6 21% para 5,67%.
O economista destacou que o �ndice de difus�o recuou de 69% em mar�o para 65,8% em abril. Gon�alves disse ainda que, em 12 meses, os segmentos de administrados passou de 1,62% para 1,56% e os servi�os recuaram de 8,36% para 8,12%. No entanto, na mesma base de compara��o, o grupo alimentos acelerou de 12,96% para 13 49%.
"Esses resultados apontam para mais duas ou tr�s altas de 0,25 ponto porcentual da Selic (taxa b�sica de juros). Mais para duas do que para tr�s", afirmou Gon�alves. Ele avalia que no pr�ximo m�s o IPCA em 12 meses vai voltar a ficar acima do teto do BC de 6,5%. Ele espera que a infla��o feche o ano em 5,7%.