O l�der do governo na C�mara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou nesta segunda-feira que vai trabalhar para realizar ainda hoje a vota��o da Medida Provis�ria dos Portos (MP 595/2012). Na chegada ao seu gabinete da lideran�a do governo, onde se re�ne com a ministra das Rela��es Institucionais, Ideli Salvatti, e depois com os l�deres partid�rios, Chinaglia disse que o PMDB e possivelmente mais um partido da base aliada, al�m de partidos de oposi��o, j� anunciaram que v�o obstruir a vota��o na sess�o marcada para come�ar nesta noite.
A obstru��o ocorre quando parlamentares se valem de recursos regimentais para impedir o prosseguimento da vota��o, por exemplo, entrar com pedidos de quest�o de ordem ou de verifica��o de quorum.
"O quadro n�o � f�cil, tanto porque � um tema naturalmente complexo, porque h� diverg�ncias quanto aquilo que foi aprovado j� na comiss�o especial. Tem parte do que foi aprovado do relat�rio do senador Eduardo Braga que o governo apoia, tem outros pontos que o governo n�o tem acordo, n�o por responsabilidade do senador, (mas) porque a comiss�o decidiu diferente", afirmou.
Ideli disse nesta tarde que confia na aprova��o da MP e que conta com o apoio da base aliada nessa vota��o. Ideli citou a aprova��o de outros temas no Congresso, como a MP dos setor el�trico e a desonera��o de folha de pagamentos. "Como n�o faltou apoio da nossa base em medidas t�o conflitantes, n�o faltar� agora tamb�m", disse a ministra.
A ministra ressaltou que o tema � de interesse do Pa�s, uma vez que o Brasil perdeu capacidade de produ��o para a China. "N�o podemos mais ter filas de caminh�es, filas de navios aguardando o desembara�o das mercadorias nos portos brasileiros", argumentou.
Apesar de classificar como normal a demanda dos deputados pela libera��o de emendas, Ideli enfatizou que o or�amento foi votado com atraso e que n�o haveria tempo h�bil para operacionaliz�-las, nesse caso.
Chinaglia lembrou que, se n�o for poss�vel, a tend�ncia � deixar a vota��o para esta ter�a-feira, 14, pela manh�. O l�der do governo na C�mara disse que, apesar de n�o falar pelo Senado, acredita que a outra Casa, caso os deputados aprovem a mat�ria, se esfor�ar� para aprovar a MP antes de ela perder a efic�cia. A medida provis�ria caduca na quinta-feira, 16.