A Organiza��o Mundial do Com�rcio (OMC) reconheceu oficialmente hoje a elei��o do embaixador brasileiro Roberto Carvalho de Azev�do, de 55 anos, como novo diretor-geral do �rg�o. Ele assume em 1º de mar�o, substituindo o franc�s Pascal Lamy, para um mandato de quatro anos. O brasileiro disse que vai se empenhar para buscar consensos e Lamy lembrou que a organiza��o deve atuar como uma fam�lia.
A formaliza��o ocorre uma semana depois da elei��o de Azev�do, que terminou no dia 7. Em comunicado, o conselho-geral da OMC promete uma “transi��o sem dificuldades”. Segundo Azev�do, o desafio � “chegar a um consenso” e o fato de sua elei��o ter ocorrido de forma leg�tima facilita o trabalho.
Lamy lembrou que a elei��o consensual de Azev�do mostra que a OMC tem condi��es de buscar acordos e um processo de forma integrada. “� o momento de unidade para a fam�lia da OMC, no qual podemos brevemente colocar de lado nossas preocupa��es do dia a dia e olhar para o quadro maior que essa organiza��o representa e os seus valores fundamentais”.
O processo de sucess�o na OMC come�ou em outubro de 2012. Inicialmente, nove candidatos disputavam a vaga. A escolhe � feita por meio de intensa negocia��o que busca o consenso. Azev�do disputou a �ltima etapa com o mexicano Herminio Blanco, de 62 anos. O processo foi conduzido pela chamada Troika – formada pelo Canad�, o Paquist�o e a Su�cia.
“[Os valores fundamentais da OMC s�o] a abertura do com�rcio para o benef�cio de todos, a n�o discrimina��o, a equidade e a transpar�ncia. Tudo isso com o objetivo primordial de promover o desenvolvimento sustent�vel, aumentando o bem-estar das pessoas, reduzir a pobreza e promover a paz e a estabilidade”, ressaltou Lamy.
“Chegar a um consenso � certamente muito mais complexo do que a simples contagem de votos. Ela exige que todas as delega��es participem de forma construtiva e de boa-f� de consultas que devem apurar mais do que apenas o grau de apoio de que gozam os candidatos. Mas a principal vantagem de uma decis�o por consenso � que d� legitimidade � escolha”, destacou o brasileiro.
Azev�do disse que n�o era o momento de discursar como diretor-geral eleito, mas que agradecia o apoio que obteve do Brasil. “Devo expressar minha gratid�o ao governo do Brasil, que, em todos os n�veis e em conson�ncia com as diretrizes que norteiam o processo de sele��o, apoiou meus esfor�os para apresentar meus pontos de vista a todos os membros”, disse.
O novo direto-geral da OMC reiterou a import�ncia da busca pelo consenso e do respeito �s normas e regras na OMC. “Independentemente do seu tamanho, das circunst�ncias geogr�ficas e do n�vel de desenvolvimento, todos os membros se beneficiam de um conjunto de regras, previsto no sistema multilateral de com�rcio, na organiza��o”, ressaltou.
Azev�do lembrou que “o diretor-geral da OMC tem o dever de trabalhar com todos os membros para fortalecer o sistema e torn�-lo sens�vel �s necessidades e desafios de todos. Vou fazer o melhor para ajudar incessantemente na constru��o de consensos e alcan�ar as metas estabelecidas nos acordos estabelecidos pela Organiza��o Mundial do Com�rcio”.
Emocionado, o brasileiro disse que se empenhar� para buscar consensos. “Com inabal�vel e firme determina��o, para restaurar a OMC para o papel e o destaque que merece e deve ter, vou trabalhar”, acrescentou.