
Durante o 18º Encontro Anual Cemig-Apimec, realizado ontem em Uberl�ndia, no Tri�ngulo Mineiro, a diretora jur�dica da Cemig, Maria Celeste Morais Guimar�es, explicou que o objetivo � que se considere a lei vigente � �poca da assinatura do contrato de concess�o das tr�s usinas, em 1997, que garantia o direito da Cemig � prorroga��o por mais 20 anos. O mandado serviria, ent�o, para que o Minist�rio de Minas e Energia examine o m�rito dessa quest�o. “Isso nem sequer foi feito porque o minist�rio atendeu ao parecer da Aneel, que indicava o n�o acolhimento do requerimento administrativo solicitado pela Cemig, em face do que eles consideraram como intempestividade do pedido, o que n�o se configura”, disse a diretora da empresa.
De acordo com Maria Celeste, ficou claro para a companhia que, caso pedisse a prorroga��o nos moldes da Medida Provis�ria 579, e n�o no prazo estabelecido pelo contrato assinado – seis meses antes do vencimento, que no caso de Jaguara � em agosto –, a Cemig estaria aceitando as novas regras da legisla��o. Para a diretora jur�dica, a atitude da Uni�o “� de um cinismo eloquente”. Se conseguir a liminar, a Cemig vai poder continuar explorando o ativo de acordo com as regras do contrato vigente durante o processo de an�lise do pedido de prorroga��o.
A Cemig n�o acredita na perda das usinas, mas, caso isso ocorra, o diretor comercial Jos� Raimundo Dias Fonseca garante que a companhia est� preparada. “Temos um colch�o de sobra de energia que garante resultados positivos em 2013 e 2014 mesmo se perd�ssemos Jaguara. Provid�ncias j� est�o sendo tomadas quanto �s outras usinas, n�o s� em rela��o � compra de energia, mas tamb�m de novos ativos.”
Investimentos
No primeiro semestre do ano passado, a Cemig se posicionou entre as duas maiores empresas de energia do pa�s, uma meta estabelecida para at� o fim da d�cada. Com as mudan�as provocadas pela medida provis�ria, o cen�rio positivo se tornou mais cinzento. Segundo o presidente da Cemig, Djalma Bastos de Morais, o desafio atual da Cemig � voltar ao patamar que tinha at� agosto de 2012 nos pr�ximos tr�s anos.
De acordo com Djalma, ser�o aproveitadas as oportunidades vi�veis de aquisi��es, provavelmente em um ritmo mais intenso que o dos �ltimos tr�s anos, quando foram investidos R$ 2 bilh�es na compra de ativos. Durante o encontro de ontem, Fernando Henrique Schuffner Neto, diretor de novos neg�cios da Cemig, afirmou que em junho dever� ser anunciada uma aquisi��o significativa para a companhia, mas n�o entrou em detalhes. “Tamb�m temos neg�cios importantes em andamento nos segmentos de gera��o, transmiss�o e distribui��o”, garantiu o diretor.
(*) a rep�rter viajou a convite da Cemig
Gasmig
Uma das grandes apostas da Cemig na estrat�gia de continuar crescendo � a amplia��o da Gasmig, com investimentos em prospec��es de g�s natural no estado. Um exemplo � a Bacia Sedimentada do S�o Francisco, em que j� foram feitas cerca de 30 perfura��es para prospec��o t�cnica, a fim de avaliar a possibilidade de o g�s ser disponibilizado em escala suficiente para a comercializa��o. Na outra ponta, a empresa est� cortando custos e j� tem a ades�o de mil funcion�rios a um programa de demiss�o incentivada.