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Estado de Minas

Mantega sofre ataques em audi�ncia na C�mara


postado em 26/06/2013 14:00

O clima esquentou na audi�ncia p�blica da C�mara, na qual o ministro da Fazenda, Guido Mantega fala nesta quarta-feira, 26, sobre perspectiva de crescimento da economia, com ataques ao ministro e discuss�es entre parlamentares da base do governo e da oposi��o.

Os �nimos se acirraram quando o deputado Rodrigo Maia (DEM/RJ) acusou o ministro de ter "surto psic�tico" por ter errado sistematicamente em suas avalia��es da economia. Mantega em tom mais elevado interrompeu: "eu n�o costumo ter surto psic�tico". Maia insistiu nas cr�ticas, citando a atua��o do BNDES e o aumento da d�vida p�blica bruta no Brasil. Mantega respondeu que o Brasil tem um dos maiores super�vits prim�rios do mundo acusou Maia de ignorar a crise. "Parece que ele vive num mundo sem crise. Eu gostaria que o mundo fosse esse", afirmou. "Talvez Maia ache que eu e a presidente Dilma somos respons�veis pela crise mundial", disse. O deputado fez uma breve interven��o e respondeu ao ministro: "Mas pelo Brasil o senhor � respons�vel".

O l�der do PT na C�mara dos Deputados, Jos� Guimar�es (PT-CE), saiu em defesa do ministro, dizendo que Mantega tem seguran�a e � com ele que o governo chegar� ao final do ano com crescimento econ�mico. O l�der afirmou que n�o h� descontrole na infla��o e nas contas p�blicas e que esse "frisson" em torno da economia � por conta da disputa eleitoral do ano que vem.

Na sequ�ncia, o deputado Mendon�a Filho (DEM-PE) afirmou que "o mundo do ministro da Fazenda e do l�der do PT (Jos� Guimar�es-CE) � o mundo de Spielberg, de fic��o cient�fica", em refer�ncia ao cineasta Steven Spielberg. O parlamentar oposicionista disse ainda "temer pela seguran�a" de Guimar�es, caso ele diga nas ruas que a infla��o de alimentos est� caindo. "Eu queria perguntar onde � a feirinha do Z� Guimar�es", provocou.


Em resposta, Mantega afirmou que n�o mostrou dados de fic��o. "Eu mostrei aqui o IPCA, que mostra a infla��o caindo", disse. "Se quiser, da pr�xima vez podemos abrir os n�meros, discutir hortali�as, carnes. Me parece que seria perder o tempo do parlamento com isso. N�o estamos discutindo previs�es, estamos discutindo realidade."

J� o deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) lembrou que a revista The Economist sugeriu mudan�as na equipe econ�mica e acusou o governo de n�o estar atento �s ruas. "Essa pol�tica antic�clica claramente leva � infla��o. Os pre�os sobem em todo lugar, mas n�o na feirinha de Jose Guimar�es". E continuou: "Essa amostra gr�tis de protestos feita aqui pode se transformar numa Bastilha e vai faltar guilhotina. Eu sugiro que governo escute o clamor das ruas e interprete o que ocorre com endividamento das fam�lias e os gastos p�fios em sa�de", disse.

A base do governo na C�mara engrossou ent�o a defesa de Mantega. O deputado Zeca Dirceu (PT-PR) foi o mais enf�tico. "� lament�vel as manifesta��es agressivas e de baixo n�vel. N�s sabemos que quem usa de agress�o � porque falta argumento", disse Dirceu. Ele afirmou que a oposi��o mente e quer colocar sobre o ministro a taxa de quem erra as previs�es. "A posi��o � quem erra, era quem previa uma grande crise energ�tica no Pa�s. N�o era s� previs�o, era um torcida", afirmou o deputado.

Segundo Dirceu, al�m de errar, a oposi��o mente, por exemplo, quando acusa o governo de ter gastos estratosf�ricos com pessoal. "O mais importante � que, mesmo neste momento de manifesta��o na rua, a popula��o pensa como n�s e est� otimista. A torcida que a oposi��o faz � para que n�o d� certo", afirmou o deputado.

O deputado Silas Brasileiro (PMDB-MG) tamb�m lamentou as agress�es de deputados da oposi��o e sugeriu que estas palavras fossem retiradas da ata da reuni�o. Segundo ele, o ministro � bem-vindo � Casa. O deputado Cl�udio Putti (PT-PA) disse que a oposi��o quer o aumento dos juros e do desemprego.

O clima continuou pesado, no entanto, com cr�ticas � atua��o do governo no financiamento dos neg�cios de Eike Batista, do Grupo EBX. O deputado Cesar Colnago (PSDB-ES) disse que as empresas de Eike receberam, entre 2007 e 2011, R$ 1 bilh�o em participa��o acion�ria e R$ 10,5 bilh�es referente a financiamentos. Ele ainda reclamou que o BNDES n�o passa as informa��es sobre os financiamentos alegando sigilo banc�rio.

O l�der do DEM na C�mara, deputado Ronaldo Caiado (GO), tamb�m entrou no coro e disse que "a rea��o popular tem nome: governo Dilma e ministro Guido Mantega como coordenador da pol�tica econ�mica do Pa�s". "Eles, que se gabavam de ter nascido de movimento das ruas, nunca imaginaram que o povo se voltaria contra toda essa pol�tica implantada nos �ltimos dez anos", disse Caiado, em refer�ncia ao PT. "O dinheiro do povo brasileiro foi utilizado para escolha das empresas campe�s no Brasil. Eu pergunto: algum governo enriqueceu tantos cart�is nesse Pa�s como o governo PT?" Caiado disse que a JBS "define o pre�o que quiser no Brasil" e que Eike Batista "pode fazer aqui orgias mirabolantes".


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