A produ��o industrial brasileira caiu 2% entre abril e maio deste ano, segundo dados divulgados nesta ter�a-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). O desempenho foi o pior para o setor desde fevereiro deste ano, quando a queda foi de 2,3%. Em abril deste ano, a produ��o avan�ou 1,9% (dado revisado) em rela��o a mar�o.
Nos �ltimos 12 meses, a produ��o industrial acumula queda de 0,5%. Apesar disso, na compara��o com maio de 2012, houve aumento de 1,4%. No acumulado do ano, houve crescimento de 1,7%.
A Pesquisa Industrial Mensal do IBGE mostra que entre os setores, os destaques negativos de abril para maio ficaram com o setor mobili�rio (-11,4%), perfumaria, sab�es, detergentes e produtos de limpeza (-8,2%), m�quinas e equipamentos (-5%), alimentos (-4,4%) e ve�culos (-2,9%).
Por outro lado, entre as seis atividades que ampliaram a produ��o, os desempenhos de maior import�ncia para a m�dia global foram registrados por bebidas (4,8%), que recuperou parte da perda de 5,9% assinalada no m�s anterior, refino de petr�leo e produ��o de �lcool (1,6%) e metalurgia b�sica (1,1%).
A retra��o da produ��o industrial registrada entre abril e maio foi generalizada, atingindo 20 dos 27 ramos industriais pesquisados.
A maior queda foi registrada na categoria de bens de capital (m�quinas e equipamentos usados no setor produtivo), de 3,5%. Os bens intermedi�rios, insumos industriais para o setor produtivo, tiveram redu��o de 1,1% na produ��o. Quedas tamb�m foram registradas nas categorias de bens de consumo dur�veis (-1,2%) e de semi e n�o dur�veis (-1%).
Aumento dos estoques
A retra��o em maio reverte o cen�rio mais favor�vel tra�ado pelo setor nos dois �ltimos meses. A avalia��o foi feita pelo gerente da Coordena��o da Ind�stria do IBGE, Andr� Macedo. Segundo ele, o aumento dos estoques pode explicar essa queda mais forte do ritmo da ind�stria no per�odo.
"O aumento dos estoques � o componente novo que pode explicar a intensidade da retra��o em maio", explicou. Segundo ele, o fato da queda ter sido generalizada entre as categorias da ind�stria tamb�m aponta nessa dire��o.Para Macedo, a ind�stria apresenta um comportamento mais vol�til.
Apesar desse quadro mais negativo, o gerente pondera que no acumulado do ano, a pesquisa mostra que o saldo ainda � positivo, com ganho de 1,7%. Macedo lembra que a produ��o ainda est� em um patamar mais elevado do que terminou 2012. Um resultado positivo apesar do efeito calend�rio, com 2013 tendo um dia �til a menos na compara��o com o ano anterior. (Com Ag�ncia Estado e Ag�ncia Brasil)