Os shoppings de Belo Horizonte lan�am m�o este m�s de novas estrat�gias para aquecer o mercado varejista. E as campanhas para convencer o consumidor a desembolsar mais em um momento de consumo em queda v�o al�m das tradicionais liquida��es e rompem a barreira entre o online e o offline. O Grupo Multiplan (BH Shopping, P�tio Savassi e Diamond Mall), por exemplo, resolveu ampliar as promo��es conjuntas entre os estabelecimentos, como a do L�pis Vermelho, para a internet. J� os shoppings Del Rey e Esta��o BH, administrados pela BRMalls, apostaram em um "estacionamento de maridos" para que os homens se divirtam enquanto as mulheres fazem compras.
Liquida��o do L�pis Vermelho
A partir de 15 de julho, os shoppings do grupo far�o ofertas o ano inteiro na fanpage no Facebook e tamb�m por meio do Instagram. At� ent�o, a campanha acontecia nas lojas apenas uma vez por ano. A Multiplan tamb�m resolveu aumentar o prazo da promo��o nas lojas f�sicas de quatro para sete dias. O investimento total da campanha, nos tr�s centros de compras � de R$ 380 mil.
A gerente de marketing do P�tio Savassi, Rejane Duarte, confia no sucesso das redes sociais para impulsionar a a��o. “J� utilizamos fortemente as redes sociais para interagir com nossos clientes e contamos com 32 mil f�s na fanpage no facebook”, disse.
Com a nova estrat�gia, o BH Shopping estima um acr�scimo de 13% nas vendas em compara��o ao mesmo per�odo do ano passado. No DiamondMall, a expectativa de crescimento � de 9%. O P�tio Savassi prev� incremento de 8% no volume de vendas. Os shopping tamb�m esperam aumentar o fluxo de clientes em at� 3%. “A a��o j� � bem repertoriada pelo p�blico e chega no momento certo para aquecer o mercado”, explica o gerente de marketing do mall, Renato Tavares.
Grupo BRMalls
Os shoppings Del Rey e Esta��o BH, administrados pela BRMalls, tamb�m apostam em liquida��es com descontos de at� 70% para conquistar mais clientes. No Del Rey, a tradicional Ponto Mix, vai de 18 a 21 de julho. Para atrair o consumidor, as lojas v�o usar toda a criatividade, com decora��es especiais das vitrines nas cores amarelo e preto, com o tradicional s�mbolo da promo��o. No Shopping Esta��o BH, onde os pre�os ficam at� 80% mais baixos, promotores caracterizados para interagir com os consumidores divertir�o o p�blico.
Al�m disso, os dois shopping prepararam locais especiais, os chamados “estacionamento de maridos” ou “Marid�dromo”para os homens se distra�rem e descansarem, enquanto as mulheres v�o �s compras. As atividades v�o desde um simples chope e mesa de futebol de bot�o, a massagens e televis�o com programa��o masculina. O Minas Shopping informou que tamb�m prepara campanhas de liquida��o para o fim de julho e in�cio de agosto.
Alta de pre�os faz vendas recuarem em Minas, segundo IBGE
A alta da infla��o ajudou a frear o consumo no varejo em Minas Gerais. Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) revelou que a expans�o do volume de vendas de janeiro a maio (0,5%) no estado foi inferior � do mesmo intervalo do ano passado (2,6%). Por outro lado, a infla��o oficial nos cinco primeiros meses de 2013 (2,88%) no pa�s, tamb�m medida pelo IBGE, foi maior do que a registrada em 2012 (2,24%). No confronto maio-abril, houve queda de 0,4% nos neg�cios no. Em rela��o a maio de 2012, ocorreu alta (2%).
“O consumo das fam�lias caiu muito devido a infla��o. A alta dos pre�os impactou, principalmente, as classes C, D e E. A classe m�dia est� sofrendo com a infla��o”, avaliou o economista Gabriel de Andrade Ivo, da Federa��o do Com�rcio, Bens, Servi�os e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecom�rcio). Ele acrescentou que um dos grandes prejudicados, como mostra a pesquisa, � o setor de supermercados e hipermercados, empresas cuja boa parte dos neg�cios gira em torno dos produtos aliment�cios. � v�lido recordar que, nos �ltimos meses, os alimentos foram os grandes vil�es da infla��o.
O IBGE detectou que, no confronto entre janeiro e maio e igual per�odo de 2012, a queda foi de 4,6% nos supermercados. No acumulado do ano, o recuo foi de 1,3%. No comparativo entre maio e o mesmo ano do ano passado, a redu��o foi de 1,8%. (Com Paulo Henrique Lobato)