
Obras somente durante a madrugada ou em intervalos espec�ficos para reduzir os impactos na opera��o dos aeroportos. Em interven��es recentes nas pistas dos terminais de Curitiba, Fortaleza e Goi�nia, semelhantes �s que v�o ocorrer no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportu�ria (Infraero) adotou a��es para evitar a suspens�o das opera��es por longos per�odos, permitindo assim a altera��o dos hor�rios de pousos e decolagens. Nem sempre foi poss�vel. Em alguns casos, as companhias a�reas se viram obrigadas a cancelar temporariamente os voos. Al�m de Confins, outros seis aeroportos podem sofrer altera��es no planejamento de voos no segundo semestre para obras nas pistas.
O cronograma inicial da Infraero previa redu��o da pista de Confins em 1 mil metros entre setembro e dezembro. Mas n�o houve acordo com as companhias a�reas, devido � necessidade de suspens�o de voos internacionais no per�odo. A estatal negocia novo pacote de medidas com os �rg�os do setor e as empresas. Uma op��o pode ser a repeti��o do cen�rio estabelecido para outros aeroportos. No Paran�, Cear� e Goi�s, os pousos e decolagens ficaram suspensos somente por algumas horas, reduzindo o impacto sobre pousos e decolagens. Em Confins, no entanto, essa ideia esbarra na satura��o do terminal de passageiros, uma vez que a redu��o do hor�rio de funcionamento pode obrigar a Infraero a concentrar os voos no tempo de opera��o restante.
O Estado de Minas consultou a superintend�ncia dos tr�s aeroportos para saber o que foi feito para reduzir os impactos. Em Curitiba, durante os nove meses de restaura��o e manuten��o da pista de pouso, encerrados em junho do ano passado, a estatal suspendeu as opera��es do Aeroporto Internacional Afonso Pena de 0h15 �s 6h15, de segunda a sexta-feira. Nos fins de semana, a suspens�o era v�lida de 20h15 de s�bado at� as 12h15 de domingo. Os voos precisaram ser remanejados.
Na capital cearense, as obras de recapeamento da pista do Aeroporto Internacional Pinto Martins obrigaram a estatal a fechar as opera��es por seis horas durante cerca de 40 dias. As opera��es previstas entre as 5h e as 11h tiveram que ser remanejadas. � �poca, 10 voos foram cancelados e outros 28 foram transferidos para outros hor�rios, o que resultou em a��o da Ordem dos Advogados do Brasil Se��o Cear� (OAB-CE). O �rg�o interveio para evitar danos aos passageiros.
Situa��o semelhante se repetiu em Goi�nia. Por quatro meses, o aeroporto interrompeu as opera��es previstas para o intervalo entre as 21h10 e as 7h10. Outros 29 voos foram afetados, sendo 19 cancelados e outros 10 transferidos de hor�rio.
A principal diferen�a em rela��o � obra de Confins � o fato de nos tr�s aeroportos terem sido feitos apenas recapeamentos, em vez de amplia��o da pista. Em todos os casos os terminais n�o possu�am uma segunda pista. No Aeroporto Internacional Tancredo Neves, a previs�o � que a segunda pista seja iniciada somente em 2020. A constru��o deve ser feita pela concession�ria que ficar� respons�vel por operar o aeroporto at� 2043.
Atraso preocupa
A Associa��o Brasileira das Empresas A�reas (Abear) afirmou, por meio de nota que as companhias t�m mantido conversa��o com a Infraero sobre as obras. “Em muito casos, tem sido poss�vel chegar a algum entendimento no sentido de minimizar os impactos �s opera��es regulares das companhias e, consequentemente, aos passageiros”, diz o texto. Mas a Abear reclama do atraso para defini��o do cronograma. “Na pr�tica, a Notam (em portugu�s, aviso aos navegantes) tem tardado a ser emitida. O efeito disso � que, para evitar problemas com os consumidores (com cancelamentos e remanejamentos de voos), as companhias t�m promovido as altera��es � malha preventivamente.” (PRF)