O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presid�ncia da Rep�blica, Gilberto Carvalho, defendeu a constru��o de um texto de consenso no Congresso sobre a terceiriza��o do trabalho "que supere os conflitos" entre as partes. Para o ministro, o texto sobre terceiriza��o da m�o de obra tem de trazer "um clima de paz e compromisso entre setor patronal e classe trabalhadora". O coment�rio foi feito durante o semin�rio internacional "O Trabalho e a Competitividade no Brasil e no Mundo", que ocorre nesta ter�a-feira na sede da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), em Bras�lia.
Gilberto Carvalho lembrou das cr�ticas dirigidas � CLT quando foi criada, h� 70 anos. Em seguida, comentou que hoje em dia um ter�o da m�o de obra do Pa�s ainda aspira trabalhar com carteira assinada. "Esta � uma das contradi��es do Pa�s, por causa da grande quantidade de trabalho informal que ainda existe e atinge um ter�o da nossa m�o de obra", declarou o ministro.
O ministro citou ter integrado uma gera��o que contestou a CLT por muito tempo, por consider�-la um "resqu�cio da ditadura Vargas". Mas hoje, prosseguiu, � preciso reconhecer que "a CLT foi e � um marco de avan�o" e a prova disso � que todos querem estar abrangidos pela CLT. "Esta � uma das contradi��es do Pa�s, por causa da grande quantidade de trabalho informal que ainda existe", acrescentou.
Segundo Carvalho, houve um grande avan�o nas discuss�es entre capital e trabalho. Mas ele ressaltou que "� importante discutir competitividade". Para o ministro, "a competitividade n�o pode ser s� econ�mica", mas tamb�m precisa existir para ajudar a "superar abusos". E emendou: "� preciso vencer competitividade n�o s� econ�mica, mas tamb�m social".