O presidente da Associa��o Brasileira das Empresas A�reas (Abear), Eduardo Sanovicz, afirmou nesta ter�a-feira, 20, que as companhias do setor est�o tentando se reestruturar para lidar com o aumento dos custos do petr�leo e do c�mbio, mas necessitam de medidas do governo para evitar uma subida dos pre�os das passagens.
"J� come�amos a repassar parte do custo para o pre�o das passagens e reduzir oferta de algumas rotas n�o sustent�veis. E j� percebemos que parte dos passageiros come�aram a voltar para o transporte de �nibus", afirmou, ap�s reuni�o com o ministro da Secretaria de Avia��o Civil (SAC), Moreira Franco.
Segundo Sanovicz, com o d�lar a R$ 2,30, acendeu-se uma luz vermelha do setor e a tarifa m�dia cobrada dos passageiros j� subiu 4% nos �ltimos 40 dias. "O ambiente de liberdade tarif�ria trouxe pre�os de passagens a�reas para baixo desde 2002, e at� 2009 e 2010 esse modelo trouxe aumento de demanda, transformando modal em transporte de massa", afirmou.
Sanovicz detalhou que entre 55% e 57% da atividade �rea � dolarizada, sobretudo por conta dos custos com o combust�vel e o leasing de aeronaves. Ele explicou ainda que a f�rmula de precifica��o da querosene de avia��o n�o � relacionada com gasolina e diesel. "O c�mbio e o pre�o do petr�leo geram uma situa��o complicada que se reflete nos balan�os das cias a�reas. Para evitar retomada de pre�os de passagens de 10 anos atr�s, empresas fazem reestrutura��o", acrescentou.
O presidente da Abear citou a situa��o da Gol, que conseguiu fazer uma economia de R$ 260 milh�es no primeiro semestre, mas teve um custo adicional de R$ 340 milh�es no mesmo per�odo devido ao aumento do c�mbio.