Ap�s a invas�o do edif�cio sede dos Correios, em Bras�lia, na manh� de hoje (30), por manifestantes ligados � Federa��o Nacional dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Tel�grafos (Fentect), a diretoria da ECT afirmou que o ato representa uma “ruptura nas negocia��es” de reajuste salarial, que estavam em curso com os empregados. Segundo o vice-presidente jur�dico dos Correios, Cleucio Santos Nunes, a empresa foi surpreendida pelos trabalhadores.
“Os Correios est�o na fase de negocia��o do acordo coletivo de trabalho; as negocia��es est�o no in�cio, o clima estava absolutamente tranquilo, a empresa apresentou sua proposta e fomos surpreendidos com a invas�o do pr�dio”, disse Nunes. Segundo ele, a empresa analisa o pedido de reajuste salarial dos trabalhadores e dever� apresentar a sua proposta na semana que vem.
Os trabalhadores pedem aumento real de 15%, reposi��o da infla��o de 7,13% e de 20% de perdas salariais. Outras reivindica��es s�o a entrega de correspond�ncias pela manh� em todo o pa�s e a jornada de seis horas para os atendentes. Os trabalhadores marcaram uma paralisa��o para o dia 17 de setembro, se n�o houver acordo com a empresa at� l�.
O secret�rio de Finan�as da Fentect, Jos� Rivaldo da Silva, disse que a manifesta��o foi resultado da demora da empresa em apresentar uma proposta aos trabalhadores. “A empresa s� enrola, e at� agora n�o apresentou nada”, disse. Ele tamb�m avalia que, com a pol�tica do governo federal de n�o dar reajustes com ganho real para os trabalhadores, a ECT est� sem mobilidade para negociar.
Segundo Silva, h� uma divis�o entre os trabalhadores, dificultando as negocia��es com a empresa. Ele diz que os Correios preferem negociar com a Federa��o Interestadual dos Sindicatos de Trabalhadores dos Correios (Findect). “Queremos for�ar uma negocia��o de fato com quem sempre negociou com a ECT. H� mais de 23 anos negociamos e assinamos acordos coletivos todos os anos com a empresa”, disse o representante da Fentect.
Segundo os Correios, o impacto econ�mico da pauta da Fentect chega a R$ 31,4 bilh�es, o que representa mais do que o dobro da previs�o de receita da empresa para este ano.