A mudan�a no patamar do c�mbio come�a a causar efeitos sobre a balan�a comercial, de acordo com a economista do Ita� Unibanco, Gabriela Fernandes. Ela identificou o movimento em agosto, com a queda de 4,4% na importa��o de m�quinas e equipamentos, depois da retra��o de 12% em julho. Os bens dur�veis tamb�m apresentaram impactos, pois ca�ram 2,4% no m�s passado e 9% no anterior. "Quando ocorre uma deprecia��o importante do real, os bens de capital s�o os primeiros a registrar impacto", comentou, referindo-se ao encarecimento dos produtos com o fortalecimento do d�lar.
Segundo Gabriela, a tend�ncia � que bens de capital e dur�veis continuem a registrar redu��o de importa��es nos pr�ximos meses. Existe tamb�m a possibilidade de bens intermedi�rios serem os pr�ximos. Para setembro, a especialista acredita que o saldo comercial deva obter um super�vit superior a US$ 1,226 bilh�o apurado em agosto.
De acordo com a economista do Ita� Unibanco, os destaques positivos para as exporta��es em quantum da balan�a comercial em agosto foram milho e soja. O milho apresentou uma alta de 10% ante o mesmo m�s de 2012.
No caso da soja, tamb�m foi registrado um resultado bem favor�vel, pois o volume de toneladas vendido para o exterior avan�ou 131% no per�odo de agosto na compara��o com o oitavo m�s de 2012. "As exporta��es de soja est�o muito relacionadas com as compras da China. A economia daquele pa�s apresenta certa desacelera��o, mas apresenta um consumo elevado de alimentos, o que beneficia o Brasil", ponderou a especialista.
Na avalia��o de Gabriela, deve levar cerca de um ano para que as exporta��es brasileiras, especialmente de manufaturados, registrem significativa influ�ncia positiva do c�mbio. Neste contexto, ela espera que o resultado comercial em 2013 deva ficar est�vel e aposta em saldo favor�vel de US$ 10 bilh�es no ano que vem. Em suas estimativas, considerou o c�mbio na marca de R$ 2,45 em dezembro e de R$ 2,55 no final de 2014.