O Indicador de Custos Industriais subiu 2% no segundo trimestre deste ano na compara��o com igual per�odo de 2012, divulgou a Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), nesta sexta-feira, 6. A Confedera��o apontou que a taxa de crescimento � a menor desde 2010 e que isso se deve principalmente �s redu��es nos custos com energia el�trica, capital de giro e tributos.
O principal respons�vel pelo aumento dos custos industriais no segundo trimestre foi o gasto com pessoal, que cresceu 10,1% na compara��o com igual per�odo de 2012. Os insumos e as mat�rias-primas, segundo a pesquisa, tamb�m contribu�ram para o aumento dos custos para as ind�strias.
O ritmo de crescimento, por�m, foi menor do que no primeiro trimestre do ano: passou de 9,9% para 4,4%, sempre em compara��o com o mesmo per�odo de 2012. O custo de produ��o teve crescimento de 4,9% no segundo trimestre deste ano, em rela��o ao mesmo trimestre de 2012.
Custo da energia
A CNI aponta que � a menor varia��o desde 2012 e que isso se deve, em boa parte, � queda de 10,5% no custo com energia - reflexo da medida de redu��o da tarifa de energia el�trica que se deu ao fim do primeiro trimestre. Para a CNI, a queda s� n�o foi maior devido ao crescimento do custo com �leo combust�vel, de 10,6%. Os juros tamb�m ca�ram, na mesma base de compara��o, reduzindo assim o custo de capital de giro.
A redu��o de 5,7%, entretanto, foi menor do que nos �ltimos quatro trimestres, quando superou os 20%. "Essa perda de intensidade da diminui��o dos custos reflete a revers�o do movimento de redu��o dos juros", indica a pesquisa. A redu��o do custo com tributos, de 5,3%, caiu na compara��o com o trimestre anterior pela primeira vez desde 2010.
"As medidas de est�mulo ao consumo e aumento da competitividade, como a redu��o do IPI e a desonera��o da folha de pagamentos, resultaram na diminui��o do custo tribut�rio", aponta a pesquisa. A redu��o n�o foi maior, avalia a CNI, porque o ICMS manteve crescimento.
Manufaturados
O pre�o dos produtos manufaturados subiu mais do que o custo que as ind�strias brasileiras tiveram para produzi-los. No segundo trimestre deste ano, em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado, o pre�o desses bens cresceu 5,4%, enquanto o custo para as empresas subiu 2%.
"J� s�o tr�s trimestres consecutivos em que os pre�os dos produtos manufaturados crescem mais do que os custos. Essa melhora na margem de lucro � fundamental para que as empresas industriais possam investir", aponta a CNI. A entidade defende a redu��o dos custos, que contribui para o aumento da competitividade brasileira."Isso porque os pre�os, em reais, dos competidores estrangeiros cresceram mais que os custos da ind�stria brasileira", informa o documento.
Os pre�os dos manufaturados importados, em reais, subiram 3,6%. No caso dos pre�os dos manufaturados nos Estados Unidos, a diferen�a foi ainda maior, com os pre�os crescendo 5,9%, sempre na compara��o com o mesmo trimestre do ano anterior. "Como a moeda brasileira se desvalorizou ainda mais no terceiro trimestre, esse efeito ser� intensificado. Ou seja, para o pr�ximo trimestre espera-se um ganho de competitividade da ind�stria brasileira ainda maior", aponta a Confedera��o.