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Estado de Minas

Descontos nas lojas chegam a 60%


postado em 10/09/2013 08:01 / atualizado em 10/09/2013 08:17

O zigue-zague no ritmo da atividade econ�mica ao longo deste ano provocou um descompasso entre o consumo e a produ��o industrial. Esse descasamento fez com que a ind�stria come�asse o segundo semestre estocada, o que coloca em d�vida o crescimento do setor no curto prazo.

Pesquisas realizadas com ind�stria e com�rcio indicam o aumento do encalhe de produtos. Isoladamente, por�m, nenhuma empresa admite o mico dos estoques. Esse ac�mulo de produtos indesejados, no entanto, fica claro quando se observa as promo��es inusitadas anunciadas nas �ltimas semanas no varejo sob mote de “m�s de anivers�rio”. Os descontos v�o at� 60% e h� empresas que fazem ofertas casadas com companhias a�reas. Outras sorteiam entre os clientes 10 anos de compras gr�tis no supermercado. H� construtoras at� que d�o vale-compra de mobili�rio se o comprador adquirir um im�vel.

O tamanho do descompasso entre a produ��o e as vendas levou os estoques da ind�stria para o maior n�vel em quase dois anos. Em agosto, sondagem da Funda��o Getulio Vargas (FGV) mostrou que 9,4% das ind�strias acumulavam estoques excessivos no m�s passado, o maior n�vel desde dezembro de 2011 (10,2%). O encalhe est� concentrado nos bens dur�veis, especialmente em eletr�nicos, eletrodom�sticos, im�veis e autom�veis - os dados da associa��o de montadoras (Anfavea) apontaram uma alta no estoque do setor de 35 dias em julho para 36 dias em agosto.


“Houve uma desacelera��o mais forte da ind�stria em julho, e em agosto o cen�rio econ�mico n�o sinalizou uma retomada para as empresas”, afirma Aloisio Campelo, superintendente adjunto de Ciclos Econ�micos do IBRE/FGV.

O �ltimo dado da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI) tamb�m revelou um erro nas proje��es de venda. Em julho, o estoque efetivo em rela��o ao planejado estava em 51,7 pontos - acima de 50 pontos indica ac�mulo de produtos. O problema � que esse quadro � mais grave nas grandes empresas, respons�veis por ditar o ritmo da economia. Desde abril, est� pr�ximo dos 54 pontos. “As grandes empresas passaram 2012 com estoque elevado e conseguiram ajust�-lo em novembro. Mas, a partir de abril, houve um movimento das companhias apostando num aumento de vendas que n�o ocorreu”, afirma Renato da Fonseca, gerente de Pesquisa e Competitividade da CNI.

Varejo

O com�rcio tem tido um desempenho abaixo do esperado. E, se as recentes promo��es para desovar o estoque n�o forem bem-sucedidas, h� risco de que o volume de novos pedidos para a ind�stria seja limitado. Segundo pesquisa da Serasa Experian, o movimento dos consumidores nas lojas em agosto cresceu 0,2% sobre julho, descontadas as influ�ncias sazonais. Foi o segundo m�s seguido de crescimento fraco.

“Como o movimento do varejo em agosto n�o foi l� essas coisas, vai demorar um pouco para desovar estoque e isso pode deprimir a produ��o industrial dos pr�ximos meses”, diz Luiz Rabi, economista da Serasa Experian. Ele diz que, pela primeira vez em tr�s meses, houve queda de cerca de 5% nas vendas do varejo em rela��o ao mesmo m�s de 2012 de segmentos importantes e dependentes de cr�dito: m�veis, eletr�nicos e inform�tica; e ve�culos, motos e pe�as.

O estudo da Confedera��o Nacional do Com�rcio (CNC), com base na Pesquisa Mensal do Com�rcio, do IBGE, revela que o setor passa por um momento de ajuste. Os estoques indesejados crescem desde o segundo semestre de 2012.

“Ao longo do primeiro semestre de 2013, o estoque involunt�rio do com�rcio cresceu menos do que o fim do ano passado n�o porque o empres�rio tenha vendido mais, mas porque encomendou menos � ind�stria”, afirma Fabio Bentes, economista s�nior da CNC.


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