Fabricantes de cal�ados de Nova Serrana tamb�m sentiram tanto a recess�o mundial provocada pela quebra do banco de investimentos Lehman Brothers, h� cinco anos, nos Estados Unidos, quanto a invas�o de t�nis e sand�lias chineses nos �ltimos anos. Por necessidade, claro, eles adotaram estrat�gias arrojadas, como inverter o percentual negociado para o varejo e o atacado. "Antes, muitos fabricantes vendiam 70% da produ��o no atacado. Agora, o mesmo percentual vai para o varejo", calcula Pedro Gomes da Silva, presidente do Sindicato Intermunicipal das Ind�strias de Cal�ados de Nova Serrana (Sindinova) e dono da Randall, especializada em t�nis esportivo.
Em 2008, quando ocorreu o agravamento da crise, a Cr�mica fabricava cerca de 50 mil pares di�rios. Atualmente, produz em torno de 40 mil. Na Randall, de propriedade do presidente do sindicato, a produ��o di�ria, que chegou a 4,6 mil pares no ano passado, est� em torno de 3,4 mil pares.
Os empreendedores de Nova Serrana esperam que as mudan�as melhorem o desempenho do setor. No confronto entre o primeiro semestre de 2013 e igual per�odo de 2012, por exemplo, a ind�stria de cal�ados fechou a produ��o com queda de 2%. "Devemos fechar o ano com alta de 5% a 6%", estima o presidente do Sindinova. Em Nova Serrana, assim como em Divin�polis, a ordem � transformar as perdas do passado em aprendizado para lucros no presente.