O d�lar no Brasil chegou ao n�vel de R$ 2,45 de forma muito abrupta, o que n�o � bom para os neg�cios, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega em entrevista a jornalistas em Nova York, nesta quarta-feira. "Essa oscila��o s� causa instabilidade e inseguran�a. O c�mbio pode se desvalorizar ao longo do tempo, mas tem que ser gradual."
Depois da decis�o do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de deixar inalterada a pol�tica monet�ria, na semana passada, Mantega avalia que o c�mbio ficou mais calmo, o que torna o ambiente para neg�cios mais favor�vel.
O d�lar chegou a superar o patamar de R$ 2,45 no come�o de agosto, per�odo de maior estresse global com migra��o de ativos principalmente de emergentes para aplica��es em t�tulos do Tesouro dos EUA. No dia 22 do m�s passado, o Banco Central anunciou atua��es di�rias no mercado cambial at� o fim do ano, o que colaborou para desacelerar a valoriza��o do d�lar. Nesta semana, a moeda dos EUA tem oscilado na faixa de R$ 2,20.
Na avalia��o de Mantega, o Brasil est� com uma taxa de c�mbio mais conveniente �s exporta��es, destacando que as vendas externas de manufaturados t�m aumentado gradualmente e a expectativa � de exporta��es crescentes de ve�culos.
Questionado sobre a apetite de investidores por projetos no Brasil, o ministro disse que tem sentido interesse nas conversas que manteve com esses agentes em Nova York nesta semana. Na ter�a-feira, 24, ele almo�ou no Bank of America com um grupo de 20 investidores que juntos administram ativos de cerca de US$ 10 trilh�es. Nesta manh�, fez apresenta��o das oportunidades em infraestrutura no Brasil para cerca de 350 pessoas, em uma confer�ncia na sede do banco Goldman Sachs, em Wall Street. Al�m disso, se reuniu de forma reservada com o presidente da AB InBev, Caros Brito, e com o presidente do Goldman, Gary Cohn.
Perguntado se as den�ncias de espionagem dos EUA sobre cidad�os e empresas no Brasil podem afetar as rela��es comerciais entre os dois pa�ses, Mantega afirmou que � uma discuss�o na esfera pol�tica, sem efeitos nas transa��es comerciais. A economia norte-americana, acrescentou, est� se recuperando e a expectativa � de que os EUA aumentem as importa��es de produtos brasileiros.