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Estado de Minas

OCDE alerta para risco de desemprego de jovens no Brasil

Jovens t�m tr�s vezes mais riscos de ficarem desempregados no Pa�s do que um adulto


postado em 22/10/2013 09:43 / atualizado em 22/10/2013 10:14

O Brasil tem conseguido melhorar o n�vel de emprego da popula��o nos �ltimos anos, mas n�o para todo mundo. Os jovens t�m tr�s vezes mais riscos de ficarem desempregados no Pa�s do que um adulto, mostra a Organiza��o para a Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OCDE), que divulga, nesta ter�a-feira, 22, em um evento em Bras�lia, um extenso relat�rio sobre o emprego entre os jovens brasileiros, o primeiro do tipo para mercados emergentes e com conclus�es n�o muito animadoras.

A principal recomenda��o da OCDE para melhorar o desemprego entre os jovens � aumentar o investimento em educa��o, al�m de buscar medidas para estimular, seja por meio de redu��o de custos, a contrata��o das pessoas mais novas. O documento, de 184 p�ginas, destaca que em 2012 um quarto das pessoas com idade para trabalhar no Brasil tinha entre 15 e 24 anos. Entre os desempregados, 46% eram jovens.

O relat�rio ressalta que o Brasil tem elevado os investimentos em educa��o nos �ltimos anos, mas o n�vel permanece abaixo de outros pa�ses da OCDE. Argentina, Chile e M�xico, por exemplo, investem mais que a m�dia, destaca o relat�rio. Em 2010, o Brasil investiu 5,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em educa��o, abaixo da m�dia de 6,3% dos pa�ses da organiza��o, apesar de ter uma propor��o de jovens dentro na popula��o acima da maioria dos pa�ses do grupo.

A recente decis�o da presidente Dilma Rousseff de alocar parte dos royalties do petr�leo em educa��o � elogiada no documento e vai permitir que o Brasil aumente o porcentual do PIB investido em educa��o. Mas "esfor�os adicionais" precisam ser feitos, alerta a OCDE, como melhorar a qualidade do ensino b�sico e garantir que os investimentos em educa��o sejam gastos de forma eficaz.


Regi�es e ra�a

O mercado de trabalho para os jovens no Brasil � muito desigual, destaca o relat�rio, sobretudo entre as regi�es do Pa�s e em termos raciais. A probabilidade de uma jovem negra que mora no Nordeste ficar desempregada � de 28,6%, enquanto na regi�o Sul � de 7,6%. Al�m disso, o relat�rio conclui que a qualidade dos postos de trabalho ocupados por jovens � pior no Brasil que na m�dia dos pa�ses da OCDE. O emprego informal, apesar da queda significativa nos �ltimos anos, ainda � alto e a mudan�a de empregos tamb�m � muito elevada para padr�es internacionais, destaca o estudo.

O relat�rio cita ainda outros problemas do mercado de trabalho no Brasil que desencorajam a contrata��o de pessoas mais novas. Pelo lado da oferta, muitos jovens n�o t�m as qualifica��es necess�rias. Pelo lado da demanda, as empresas podem ficar desestimuladas em contratar jovens por causa dos altos custos da contrata��o no Brasil para padr�es internacionais.

Por isso, al�m da melhora da educa��o, outra recomenda��o da OCDE � para que o Brasil crie condi��es mais favor�veis para os empregadores contratarem os mais novos, seja criando um sal�rio m�nimo para jovens ou via subs�dios ou, ainda, por meio de menores taxas de contribui��o para a previd�ncia p�blica.

No caso da qualifica��o, a OCDE sugere que o governo crie mais programas para qualificar professores, estimule a perman�ncia dos jovens nas escolas mais horas ao longo do dia e incentive o est�gio profissional. Apenas 3,1% dos estudantes do ensino secund�rio fazem est�gio no Brasil, destaca o documento. Al�m disso, a OCDE diz que o governo brasileiro precisa assegurar que o programa Bolsa Fam�lia n�o desestimule o emprego entre seus benefici�rios.


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