O Brasil come�ar� nesta quinta-feira, 24, uma s�rie de reuni�es com o Fundo Monet�rio Internacional (FMI) e vai apresentar um documento t�cnico em que defende mudan�as no c�lculo da sua d�vida bruta. Os encontros terminam na sexta-feira, 25, mas n�o devem trazer novidades ainda, de acordo com o secret�rio de Pol�tica Econ�mica do Minist�rio da Fazenda, M�rcio Holland, que est� em Washington para participar das conversas.
Ap�s as reuni�es desta semana, o FMI deve avaliar o documento brasileiro por algum tempo e Holland disse que uma nova rodada de reuni�es ser� marcada. "O Fundo superestima nossa d�vida bruta", disse a jornalistas, destacando que isso pode comprometer a percep��o sobre a situa��o fiscal do Pa�s.
O documento que o Minist�rio da Fazenda vai apresentar nas reuni�es, segundo Holland, mostra que a metodologia de c�lculo do Brasil � mais consistente. "Nosso conceito de d�vida � muito mais sens�vel aos esfor�os fiscais que s�o feitos." A d�vida bruta � um indicador de solv�ncia formado pela soma de todos os passivos do governo e de empresas estatais e � um dos mais observados por analistas internacionais para avaliar a situa��o das contas p�blicas de um pa�s.
Pelo crit�rio do Brasil, a d�vida p�blica � de 59,3%, mas pelo do FMI, o Pa�s deve terminar o ano com uma d�vida de 68,3%, n�vel mais alto nos mercados emergentes. A diferen�a � que o FMI usa na metodologia todos os t�tulos emitidos pelo Tesouro e que est�o em poder do Banco Central. O Brasil, por sua vez, s� considera os t�tulos que o BC usa para fazer as chamadas opera��es compromissadas, um instrumento de pol�tica monet�ria para encolher a liquidez do mercado.
Em julho, o ministro Guido Mantega enviou uma carta � diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, pedindo a revis�o do c�lculo da d�vida bruta. Na carta, ele defendeu que a mudan�a daria uma vis�o mais clara sobre o perfil do endividamento do Pa�s.