A Associa��o Brasileira de Empresas A�reas contesta os n�meros apresentados pelo presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Fl�vio Dino, sobre o aumento do pre�o das passagens a�reas nos �ltimos dez anos. Segundo c�lculo da Embratur, com base no �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), a varia��o das tarifas a�reas entre 2002 e 2012 foi 131,5% acima da infla��o.
A conta � feita com base em pesquisa nos sites das principais empresas de avia��o do pa�s, consultando voos de ida e volta, com partida aos s�bados e retorno no domingo da semana seguinte. A anteced�ncia da pesquisa � 60 dias para os meses de janeiro, fevereiro, julho e dezembro e 30 dias para os demais meses.
A associa��o das empresas a�reas argumenta que o n�mero n�o traduz o real comportamento dos pre�os dos bilhetes para as viagens de avi�o, pois n�o se pode medir o pre�o de uma tarifa com uma proje��o de futuro, como a metodologia do c�lculo do IPCA. Segundo as empresas, o pre�o das passagens t�m comportamento din�mico e podem mudar a qualquer momento, dependendo da demanda.
A entidade apresenta como contraponto a pesquisa da Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil, feita com os dados fornecidos pelas pr�prias empresas, que levam em conta apenas voos efetivamente comercializados. Segundo a entidade, entre 2005 e 2012, a m�dia da tarifa dom�stica caiu de R$ 575,47 para R$ 294,83, ou seja, uma redu��o de 51,23%. A varia��o da infla��o, segundo o IPCA do IBGE, entre janeiro de 2005 e dezembro de 2012, foi 50,17%.
O pre�o das tarifas a�reas ser� debatido em reuni�o marcada para amanh� entre o governo e representantes das companhias a�reas. Para Fl�vio Dino, o desequil�brio entre demanda e oferta e o aquecimento do mercado faz com que haja pr�ticas comerciais abusivas no setor.