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Estado de Minas

Governo Central tem d�ficit de R$ 10,473 bi, pior resultado para setembro em 17 anos


postado em 31/10/2013 10:55 / atualizado em 31/10/2013 11:11

As contas do governo central apresentaram no m�s de setembro um d�ficit de R$ 10,473 bilh�es, o pior resultado desde dezembro de 2008, quando foi de R$ 19,994 bilh�es. Tamb�m foi o pior setembro em 17 anos. � o segundo m�s consecutivo com o pior resultado para o m�s da s�rie hist�rica. O resultado ficou abaixo do piso das estimativas de 18 institui��es financeiras consultadas pelo AE Proje��es, que iam de d�ficit de R$ 4,8 bilh�es a um super�vit de R$ 2,0 bilh�es.

At� setembro, o governo central - que re�ne as contas do Tesouro Nacional, Banco Central e a Previd�ncia Social - acumula um super�vit prim�rio de R$ 27,943 bilh�es, apresentando uma queda de 49% em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado.

Os dados mostram que o Tesouro, em setembro, apresentou super�vit de apenas R$ 1,321 bilh�o, acumulando saldo positivo de R$ 76,113 bilh�es no ano. Por outro lado, a Previd�ncia apresentou d�ficit prim�rio de R$ 11,763 bilh�es no m�s passado e no ano at� agosto teve resultado negativo de R$ 47,613 bilh�es. As contas do Banco Central tiveram d�ficit prim�rio de R$ 31 milh�es. No acumulado do ano, o resultado � d�ficit de R$ 556,8 milh�es.


De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, 31, pelo Tesouro, o esfor�o fiscal do governo central caiu de 1,69% do Produto Interno Bruto (PIB) de janeiro a setembro de 2012 para 0,80% do PIB no mesmo per�odo deste ano.

No per�odo de 12 meses at� setembro, o super�vit do governo central � equivalente a 1,3% do PIB, ou R$ 61,4 bilh�es. A meta at� o final do ano do governo central � de R$ 73 bilh�es.

 

Mercado surpreso

O mercado financeiro foi surpreendido pelo tamanho do d�ficit prim�rio das contas do governo central em setembro. J� se esperava um resultado ruim, mas o d�ficit ficou al�m do estimado. Muitos analistas est�o neste momento investigando mais detalhadamente as raz�es do resultado. "O resultado foi desastroso, ficamos surpresos. Ainda estamos investigando as causas", disse Felipe Salto, da Consultoria Tend�ncias.

O economista-chefe da corretora Tullett Prebon, Fernando Montero, tamb�m avaliou como muito ruim o resultado, mostrando a deteriora��o das contas p�blicas. Para ele, o governo resolveu divulgar os dados fiscais ruins do Tesouro e Banco Central no mesmo dia para reduzir o impacto negativo na imprensa. Ele destaca que a meta quadrimestral (at� agosto) ficou descumprida.

O secret�rio do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse que o d�ficit de R$ 10,473 bilh�es pode ser explicado por "algumas especificidades". Ele informou que, no m�s passado, foi repassado R$ 1,5 bilh�o para os munic�pios, movimento que n�o ocorrer� nos pr�ximos meses. Citou tamb�m as transfer�ncias de R$ 2,050 bilh�es para a Conta de Desenvolvimento Energ�tico (CDE). Augustin disse que a tend�ncia � de que estes repasses diminuam nos pr�ximos meses.

O secret�rio ainda falou que contribuiu para o resultado negativo de setembro a concentra��o do pagamento de abonos salariais este ano em um n�mero menor de meses que no ano passado. "De janeiro a setembro foram pagos R$ 11,258 bilh�es, R$ 2,272 bilh�es a mais que em 2012, quando foram pagos R$ 8,985 bilh�es", justificou. Segundo ele, o pagamento do abono ocorreu em cinco meses no ano passado e foi reduzido para quatro meses este ano.

Augustin lembrou ainda que existe um fen�meno recorrente para meses de setembro, que � o pagamento pela Previd�ncia de parte do 13º sal�rio, elevando o d�ficit na Previd�ncia neste m�s. "Em dezembro ter� um movimento contr�rio", destacou. Augustin lembrou que os meses de setembro s�o tradicionalmente ruins. "Tradicionalmente, al�m de n�o ser positivo, houve especificidades este ano", justificou.


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