O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos autom�veis vai subir em 1.º de janeiro, mas n�o integralmente. A al�quota a ser aplicada ser� definida at� o fim do ano. A decis�o foi anunciada ontem, em S�o Paulo, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao presidente da Associa��o Nacional do Fabricantes de Ve�culos Automotores (Anfavea), Luiz Moan.
"Ficou claro que a al�quota n�o voltar� integralmente e pedimos que seja a menor poss�vel", disse Moan, ap�s o encontro. "Para n�s, o melhor mesmo seria manter como est� hoje."
Ap�s passarem por duas mudan�as em maio de 2012 e mar�o, as al�quotas est�o em 2% para carros 1.0, em 7% para carros at� 2.0 flex e em 8% para a gasolina. As taxas antes do corte promovido no ano passado eram, respectivamente, de 7%, 11% e 13%.
Recentemente, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, havia citado estudos para uma prorroga��o do corte at� o fim do primeiro trimestre.
A decis�o de Mantega foi anunciada no mesmo dia em que sa�ram os resultados das vendas em outubro. Houve crescimento de 6,6% em rela��o a setembro, mas queda de 3,3% na compara��o com o mesmo m�s do ano passado. Foi o segundo melhor outubro da hist�ria, com 330,2 mil unidades, incluindo caminh�es e �nibus. O recorde para o m�s foi em 2012, com 341,7 mil ve�culos.
S� o segmento de autom�veis e comerciais leves, beneficiado pelo IPI menor, vendeu 313,8 mil unidades em outubro, alta de 6,6% ante setembro, mas redu��o de 4% em rela��o a outubro de 2012. No ano, as vendas somam 2,641 milh�es de unidades, 1,3% a menos que no mesmo per�odo do ano passado.
O s�cio-diretor da consultoria Go Associados, F�bio Silveira, n�o v� para os pr�ximos meses "um ambiente econ�mico que favore�a o fortalecimento da ind�stria automobil�stica". Para ele, c�mbio mais elevado, desacelera��o da massa salarial e cr�dito mais caro s�o fatores que inibir�o as vendas.
O presidente da Federa��o Nacional da Distribui��o de Ve�culos Automotores (Fenabrave), Flavio Meneghetti, informou que o resultado de outubro � consequ�ncia, em parte, de o m�s ter um dia �til a mais que em setembro.
Meneghetti aposta que a perspectiva de volta do IPI, ainda que parcialmente, deve provocar aquecimento nas vendas nos dois �ltimos meses do ano, "equilibrando o resultado final de 2013".
Segundo analistas do mercado, mesmo com todas as promo��es realizadas em outubro, com a maior oferta de financiamentos sem juros e prazos de at� 60 meses, o estoque de f�bricas e lojas continua alto, pr�ximo a 40 dias de vendas, mesmo n�vel do fim de setembro.
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