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Estado de Minas

Grupo de Eike deixa rastro de preju�zo em Minas Gerais

Projetos bilion�rios eram promessa de desenvolvimento, mas agora geram perdas para investidores e cidades da Grande BH


postado em 10/11/2013 06:00 / atualizado em 10/11/2013 07:54

Antes lotado, restaurante de Maria Silva só funciona no fim de semana(foto: Beto Magalhães/EM/D.A Press - 2013 6/10/13)
Antes lotado, restaurante de Maria Silva s� funciona no fim de semana (foto: Beto Magalh�es/EM/D.A Press - 2013 6/10/13)
Os impactos do voo de galinha do grupo de Eike Batista foram sentidos n�o s� por grandes e pequenos investidores nas bolsas de valores, mas abalaram pequenas cidades em Minas Gerais, que investiram parcos recursos para receber projetos de milh�es de reais, verdadeiras promessas de crescimento econ�mico, como S�o Joaquim de Bicas, na Grande Belo Horizonte. Est�, tamb�m, na expectativa o munic�pio de Ribeir�o das Neves, que abriga a f�brica SIX Semicondutores, em constru��o, da qual a EBX det�m um ter�o das a��es. O Museu das Minas e do Metal, em BH, teve repasses suspensos pelo Instituto EBX, bra�o sociocultural do grupo.

No grupo de acionistas minorit�rios da OGX, entre os 70 investidores que trabalham em processos judiciais contra Eike Batista, liderados pelo economista Aur�lio Valporto, h� acionistas de Minas Gerais, entre eles o engenheiro Henrique Nunes. O preju�zo est� estimado em mais R$ 50 milh�es.

Em Bicas, na Grande BH, a MMX Minera��o anunciou que a produ��o na Serra Azul, por��o rica em min�rio de ferro da Regi�o Central de Minas, passaria dos 6 milh�es de toneladas de min�rio extra�das no ano passado para 25 milh�es de toneladas anuais at� o fim de 2014. Uma meta t�o alta que fez a cidade ampliar o horizonte na constru��o civil.

A contrapartida da mineradora para a cidade de 27 mil habitantes tamb�m ficou para tr�s. Com o recuo do grupo EBX, o or�amento municipal previsto para R$ 65 milh�es neste ano minguou em R$ 20 milh�es. “Demitimos 100 pessoas, 10% do efetivo da prefeitura. Cancelamos 60% da opera��o tapa-buracos e suspendemos servi�os de drenagem. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA), primeira do munic�pio, que seria inaugurada neste ano, tamb�m ter� que esperar pelo or�amento de 2014”, diz o secret�rio municipal de Obras, Marcos Vin�cius Amaral.

Amaral diz que o termo de ajustamento de conduta firmado com a mineradora tamb�m n�o foi adiante com a perda de ritmo do empreendimento: “Ainda faltam R$ 500 mil para a sa�de, R$ 3 milh�es para obras de pavimenta��o e uma pista de couper de 1,8 quil�metro”. A MMX informou, por meio de nota, estar revendo seu modelo de neg�cios.

Li��o amarga Marta Silva, de 42 anos, trabalhou com o irm�o no restaurante aberto especialmente para atender as obras da MMX. “Meu irm�o reformou o restaurante, comprou equipamentos para a cozinha, construiu churrasqueira e contratou pessoal.” Nos primeiros seis meses de funcionamento a casa servia caf� da manh�, 150 refei��es e 160 marmitex. Hoje, s� funciona aos s�bados e domingos.

O produtor de hortali�as Adair �ngelo da Silva, de 52, apressou seu projeto de construir um pr�dio para hospedar os trabalhadores da MMX. A princ�pio, o retorno foi bom e as seis unidades do im�vel foram alugadas. Agora, h� um �nico apartamento alugado pela metade do pre�o anterior. Na boca dos moradores de Bicas, Eike Batista deixou uma li��o. “N�o adianta avan�ar na lua, pensando que � queijo”, resume o comerciante, Manoel Moreira Maia, 67 anos.


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