A gera��o de postos de trabalho no Brasil ainda est� concentrada em um pequeno n�mero de companhias, segundo um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Em 2011, as empresas consideradas de alto crescimento (EAC) correspondiam a apenas 0,8% do total das companhias ativas no Brasil, mas eram respons�veis por 15,4% da massa de assalariados e 14,4% dos sal�rios pagos aos trabalhadores brasileiros, apontou o estudo Estat�sticas de Empreendedorismo 2011.
No entanto, a desacelera��o do Produto Interno Bruto (PIB) afetou a capacidade de empreender do empres�rio brasileiro, e a gera��o de emprego perdeu f�lego. A taxa de crescimento do pessoal ocupado assalariado nas empresas empreendedoras passou de 37,0% em 2010 para 29,1% em 2011. No mesmo per�odo, o PIB brasileiro saiu de um crescimento de 11,5% para 2,7%.
"A gente tem uma desacelera��o quase geral nos indicadores dessa pesquisa de 2010 para 2011, mas isso reflete um pouco o per�odo" explicou Cristiano Santos, respons�vel pela pesquisa. "Num momento que tem desacelera��o no crescimento do PIB, h� um ambiente um pouco menos prop�cio, uma condi��o econ�mica um pouco menos prop�cia, fica mais dif�cil de as empresas empregarem no mesmo volume, que � muito alto".
No per�odo, as empresas de alto crescimento reduziram ainda sua participa��o no n�mero de empresas com empregados assalariados no Pa�s, na propor��o de pessoal ocupado e no montante de sal�rios pagos. Em 2011, o Brasil possu�a 34.528 empresas de alto crescimento (EAC), com cinco milh�es de empregados assalariados, que receberam R$ 95,4 bilh�es em sal�rios e outras remunera��es. Embora tenha havido um aumento de 3,6% no n�mero dessas empresas em rela��o ao ano anterior, elas representavam apenas 1,5% das companhias com pelo menos um assalariado em 2011 contra uma fatia de 1,6% registrada em 2010.
Houve aumento de 0,8% no n�mero de funcion�rios, mas, a propor��o no total de assalariados do Pa�s caiu de 16,2% em 2010 para 15,4% em 2011. J� a massa de sal�rios pagos cresceu 8,1% em rela��o a 2010, por�m, a participa��o no pagamento total de remunera��es caiu de 15,6% naquele ano para 14,4% em 2011.
As empresas de alto crescimento s�o consideradas empreendedoras por terem aumentado o n�mero de funcion�rios assalariados, em m�dia, 20% ao ano em um per�odo de tr�s anos. O estudo separa ainda as empresas classificadas como de alto crescimento org�nico, as que registraram um aumento efetivo de pessoal ocupado por meio de contrata��es e n�o por fus�es ou incorpora��es de outras companhias.
As companhias de alto crescimento org�nico representaram apenas 1,5% das empresas com pelo menos um assalariado no Pa�s, mas foram respons�veis pela cria��o de quase metade, 48,5%, dos postos de trabalho em 2011.