A terceira edi��o da pesquisa Estat�sticas do Empreendedorismo, divulgada hoje (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), revela que havia um total de 34.528 empresas de alto crescimento (EAC) no pa�s, em 2011, que empregavam 5 milh�es de assalariados e pagavam, entre sal�rios e remunera��es, R$ 95,4 bilh�es.
Os dados disponibilizados mostram que houve aumento de 3,6% no n�mero de EAC em rela��o a 2010, al�m de incremento de 0,8% no pessoal assalariado ocupado e de 8,1% nos sal�rios e remunera��es pagos por essas empresas.
S�o consideradas EAC as empresas que t�m mais de dez empregados e que mantiveram uma m�dia de crescimento do pessoal assalariado ocupado de, pelo menos, 20% nos tr�s anos anteriores. Do total de EAC, 34.106 eram empresas de alto crescimento org�nico (EAC org�nico), em que o aumento do pessoal assalariado resulta de novas contrata��es. Essas companhias cresceram de um ano para outro 3,8%.
Na avalia��o do economista Cristiano Santos, coordenador da pesquisa do IBGE, o dado mais importante � a gera��o de novos postos de trabalho. “Se eu for fazer a compara��o com as empresas que t�m mais de dez empregados no Brasil, percebe-se que 7,7% das EAC s�o respons�veis por quase a metade da gera��o de novos postos”, disse.
Considerando todas as empresas existentes no pa�s, observa-se que as 34.528 EAC foram respons�veis pela gera��o de 3,2 milh�es de postos de trabalho entre 2008 e 2011, enquanto o restante – 98,5% - respondeu por 2,5 milh�es de empregos. “Esse � um dado bastante grande, porque � muito concentrado. S�o empresas que est�o crescendo rapidamente e acabam empregando muito mais que as outras. Esse � o dado mais importante, eu diria”.
O estudo revela que os 3,2 milh�es de postos de trabalho assalariado criados pelas EAC, entre 2008 e 2011, corresponderam a 56% do total de empregos gerados por empresas com um ou mais trabalhador assalariado e a 67% dos postos gerados por empresas com mais de dez empregados.
O setor da constru��o civil continua sendo uma grande base para esse crescimento, principalmente nas regi�es Norte e Nordeste, disse o pesquisador. Cristiano Santos lembrou que no per�odo de 2008 a 2011, o crescimento no Brasil foi variado devido � crise financeira internacional iniciada nos Estados Unidos, e acabou sendo impulsionado pelo incremento de 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB), registrado em 2010, que puxou as m�dias para cima.
De acordo com o estudo do IBGE, o pessoal assalariado nas EAC subiu, em m�dia, 175,5%, entre 2008 e 2011. Isso comprova que essas empresas mantiveram um crescimento forte no per�odo, apesar da crise externa, indicou o economista do IBGE.
Nas empresas de alto crescimento org�nico, a expans�o do emprego foi 171,8%. Santos acrescentou que o fato de o pessoal ocupado ter crescido um pouco menos na EAC org�nico que na EAC total “significa que teve uma gera��o de postos de trabalho efetiva, baseada nessas empresas”.
Do ponto de vista dos setores que mais contrataram, Santos salientou que nas EAC org�nico, os destaques foram a constru��o civil e a atividade de servi�os complementares, entre os quais servi�os de consultoria e servi�os prestados a outras companhias, como os de limpeza, por exemplo. No c�mputo geral as empresas que lideraram o ranking de crescimento, no per�odo, foram as ativas, o com�rcio, a ind�stria da transforma��o e a de constru��o.
A pesquisa mostra, ainda, que quase 60% das unidades locais de EAC org�nico estavam em regi�es metropolitanas. Os n�meros revelam a exist�ncia, em 2011, de 34.106 EAC org�nico com 70.605 unidades locais. O estado de S�o Paulo concentrava 30% das unidades locais e 31,2% do pessoal ocupado assalariado nas EAC org�nico.