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Estado de Minas

Duplica��o da BR-381 deve injetar R$ 12 bilh�es na economia

Neg�cios ligados � duplica��o s�o variados, como fornecimento de alimenta��o e uniformes para os quase 6 mil empregados pela obra


postado em 19/11/2013 06:00 / atualizado em 19/11/2013 07:52



Al�m dos benef�cios log�sticos aguardados para depois da duplica��o da BR-381, obra considerada essencial para alavancar o Leste mineiro, os empres�rios da regi�o t�m a oportunidade de injetar at� R$ 12 bilh�es na economia local. Prestes a iniciar a duplica��o de parte dos 303 quil�metros da BR-381 entre Belo Horizonte e Governador Valadares, o estudo contratado pela Federa��o da Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) mostra os neg�cios que ser�o criados, principalmente no entorno da rodovia, durante a reforma. Ser�o gerados 5,7 mil empregos diretos e indiretos na constru��o.

Apesar da expectativa, o Conselho Estadual de Pol�tica Ambiental (Copam), �rg�o ligado � Secretaria Estadual de Meio Ambiente, adiou a reuni�o que iria analisar o pedido de licenciamento ambiental da rodovia, o que deve atrasar mais uma vez o in�cio das obras. Segundo uma fonte que acompanha o processo, caso a reuni�o fosse mantida para hoje, o Departamento de Infraestrutura de Transportes (Dnit), n�o teria como apresentar as contrapartidas ambientais para viabilizar que a ordem de servi�o seja assinada neste ano, o que ainda deve acontecer.

De acordo com o superintendente regional do Dnit, �lvaro Campos de Carvalho, o ordem de servi�o para que as obras da duplica��o da BR-381 sejam iniciadas dependem do licenciamento ambiental. “A parte do IEF (Instituto Estadual de Florestas) est� conclu�da, mas o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renov�veis (Ibama) pediu compensa��es ambientais para a mata atl�ntica”, explicou. Segundo um dos integrantes do Movimento Nova 381, que pediu para n�o ser identificado, o adiamento da reuni�o para 12 de dezembro foi uma manobra no sentido de que o Dnit ganhe tempo para atender as contrapartidas do Ibama dentro do prazo.

O estudo elaborado por uma consultoria especializada em or�amento de obras vi�rias contratado pela Fiemg visa a subsidiar o empresariado na identifica��o e gera��o de neg�cios. O Caderno de oportunidades da nova 381 lista, al�m de quantos empregos ser�o criados no per�odo da obra, quantas refei��es ser�o servidas para os trabalhadores e a quantidade de uniformes e equipamentos de seguran�a necess�rios, por exemplo. “Trata-se, em ess�ncia, de um verdadeiro guia de oportunidades para bons neg�cios relacionados com as obras de duplica��o no trecho Belo Horizonte-Governador Valadares”, afirma o presidente da Fiemg, Olavo Machado J�nior.

Pelos n�meros, metade dos postos de trabalho criados no per�odo de obras s�o para a fun��o de servente de pedreiro. Ser�o 2,46 mil vagas somente para essa atividade. Al�m disso, ser�o criados empregos para motoristas, carpinteiros e pedreiros, entre outros. Indiretamente, ser�o contratados vigias, auxiliares de topografia, mec�nica, laborat�rio e lubrifica��o, m�dicos e engenheiros. Ao todo, ser�o 818 vagas.

O engenheiro Rafael Busnello, da empreiteira Toniolo Busnello, explica que a empresa venceu o lote 3.3 para a constru��o dos t�neis Prainha e Ant�nio Dias, entre Nova Era e Tim�teo. Ali ser�o investidos R$ 76,6 milh�es e contratados cerca de 200 empregados. “Assim que a ordem de servi�o sair teremos 60 dias para entregar os projetos para aprecia��o do Dnit. Temos todas as condi��es de atender os prazos.” J� Jos� Luiz Duarte Penido, diretor da empreiteira J. Dantas, vencedora do lote 3.2, no munic�pio de Ant�nio Diasm, diz que o trecho conta com dois t�neis – os chamados t�neis Piracicaba –, que receber�o investimentos de R$ 56,95 milh�es e empregar�o cerca de 200 trabalhadores por dois anos. “Acreditamos que a ordem de servi�o ser� dada ainda este ano. Estamos com os equipamentos e a m�o de obra mobilizados.”

A contrata��o de m�o de obra colabora para impulsionar outros setores. Cada funcion�rio, por exemplo, precisa de equipamento de seguran�a e uniforme para trabalhar. A empresa precisa fornecer alimenta��o para todos. O estudo aponta que 14 milh�es de refei��es devem ser servidas, sendo 5,8 milh�es de pratos para almo�o e 8,4 milh�es de lanches.

O presidente da Regional Vale do A�o da Fiemg, Luciano Jos� de Ara�jo, se prepara para atender a forte demanda por uniformes. Diretor da Provest Uniformes, em Ipatinga, ele deve procurar as empreiteiras para fornecer parte dos vestimentos demandados. Ao todo, segundo o estudo, ser�o 101 mil uniformes. “A ideia � que as empresas aproveitem a oportunidade. A minha estar� habilitada”, diz.

De acordo com o caderno, a cada R$ 1 investido na duplica��o R$ 3 devem ser gerados. Com isso, caso as empresas da regi�o consigam captar tudo o que est� previsto, o triplo deve ser injetado no Leste do estado. Como o or�amento completo para a obra � de cerca de R$ 4 bilh�es (considerando a variante de Santa B�rbara), R$ 12 bilh�es podem ser gerados e distribu�dos na regi�o. “Se a gente puder fazer as empresas locais aproveitarem o investimento, o dinheiro vai girar ali mesmo”, afirma Ara�jo.

O estudo mostra em que per�odo haver� maior contrata��o e em quais trechos as vagas de trabalho e oportunidade de neg�cios ser�o geradas. Tamb�m � poss�vel identificar o mesmo por trecho. Os dois trechos entre Caet� e a Grande BH, por exemplo, demorar�o um pouco mais para gerar oportunidades. Isso porque, assim como em outros dois trechos, o leil�o fracassou e o Dnit deve refazer o processo de licita��o.

Capacita��o


De olho na escassez de m�o de obra, o Servi�o Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e a Fiemg devem atuar na forma��o profissional especificamente para a obra da BR-381. A parceria visa a capacitar moradores para que as empreiteiras possam contrat�-los sem desfalcar outras empresas da regi�o. O desafio pode ser ainda maior se considerado que no ano que vem tamb�m deve come�ar a duplica��o de outras importantes estradas mineiras, como as BRs 050, 040, 153 e 262.

Oito n�cleos foram criados pela Federa��o das Ind�strias para monitorar o andamento das obras da BR-381. Formados por representantes regionais de entidades como C�mara de Dirigentes Lojistas, Federa��o do Com�rcio e Ordem dos Advogados do Brasil, eles ir�o avaliar as necessidades de cada trecho.


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