O Brasil precisa melhorar a gest�o das contas p�blicas. A recomenda��o est� no relat�rio anual Economic Outlook 2013 produzido pela Organiza��o para a Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OCDE) e divulgado nesta ter�a-feira, 19. No documento, a Organiza��o sugere "melhoria na clareza das contas p�blicas" com corte de incentivos e redu��o do cr�dito dos bancos p�blicos para que o Pa�s consolide sua reputa��o "conquistada a duras penas". Uma sugest�o tamb�m � feita ao Banco Central: resolver as press�es inflacion�rias para manter a reputa��o na pol�tica monet�ria.
No documento a OCDE sugere ajuste no rumo da pol�tica fiscal. "Olhando para o futuro, a clareza da pol�tica fiscal poderia ser melhorada com o ajuste da regra de super�vit prim�rio mais sens�vel ao ciclo econ�mico, consolidando a supervis�o fiscal para monitorar o cumprimento das metas e limitando as opera��es parafiscais", diz o relat�rio. "Tais medidas podem construir e solidificar a reputa��o conquistada � duras penas de uma boa gest�o fiscal", completa o documento.
Ainda sobre as contas p�blicas, a OCDE reconhece que a pol�tica fiscal tem conseguido oferecer suporte � atividade econ�mica. "Mas, com a recupera��o da economia, medidas de est�mulo, incluindo as isen��es fiscais e concess�o de cr�dito por parte dos bancos p�blicos, ter�o de ser reduzidas", sugere a casa.
Outra sugest�o foi dada ao Banco Central. Apesar do elogio feito no mesmo documento � pol�tica cambial, a OCDE diz que a casa precisa atuar para combater a infla��o e, assim, n�o arranhar a imagem da institui��o. "O Brasil tamb�m tem uma reputa��o s�lida na pol�tica monet�ria com base no sistema de metas de infla��o. Vai ser importante continuar a mostrar solu��o para as press�es inflacion�rias", diz o documento.
A Organiza��o para a Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OCDE) defende que a melhora das contas p�blicas e a redu��o da infla��o v�o reconstruir a confian�a do investidor e, assim, o Brasil vai conseguir atrair o volume necess�rio de investimentos para a economia. "Enquanto o investimento come�a uma forte rea��o, a confian�a nas pol�ticas macroecon�micas ser� crucial para sustentar esse volume de investimentos. Isso vai exigir contas fiscais mais claras e o retorno da infla��o para o centro da meta", diz o documento.