
O tema divide a equipe econ�mica e a dire��o da Petrobras, por isso ser� arbitrado pela presidente Dilma Rousseff, que dirigia o conselho da estatal no governo de Luiz In�cio Lula da Silva. At� o in�cio da noite de qunta-feira, 28, no entanto, n�o havia indica��o de que Dilma apoiaria o pedido da estatal por um novo mecanismo autom�tico de aumento dos combust�veis.
Causou irrita��o no Pal�cio do Planalto e no Minist�rio da Fazenda a op��o da presidente da Petrobras, Gra�as Foster, de informar a investidores, que a estatal vinha brigando por uma f�rmula que assegurasse reajustes peri�dicos. O mercado vem punindo a estatal pela falta de clareza na pol�tica de pre�os e as a��es da estatal chegaram a cair mais de 6% esta semana. Quando anunciou que estudava um novo mecanismo, as a��es subiram 9,83%.
Ao arbitrar a quest�o, Dilma ter� do outro lado da balan�a a vis�o do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que teme o impacto de reajustes nos �ndices de infla��o. O chefe da equipe econ�mica de Dilma aposta no controle estatal de pre�os como estrat�gia aliada a aumentos de juros pelo Banco Central. E a infla��o promete continuar em patamar elevado no ano que vem, como aposta a ampla maioria do mercado consultado semanalmente pelo BC.
Encontro
Nos �ltimos dias, o governo evita o tema publicamente. N�o quer que diverg�ncias internas contaminem o notici�rio e o humor dos investidores. Esse cen�rio, por�m, j� vem contaminado. A press�o do c�mbio sobre seu endividamento e importa��o de combust�veis, a necessidade de manter seu plano de investimentos de US$ 236 bilh�es at� 2017 e iniciar a opera��o do campo de Libra no pr�-sal representam fatores de forte press�o no caixa da estatal. Diante da incerteza sobre o reajuste dos combust�veis, investidores preferem vender a��es da companhia a aguardar o desfecho da quest�o.
Em janeiro, o governo autorizou um aumento de 6,6% no pre�o da gasolina e em 5,4% no diesel. Em mar�o, o diesel foi elevado em 5%.
Fontes no governo indicam que h� chance de um novo aumento na casa de 5% para a gasolina e de 10% para o diesel. Da mesma forma, fontes do Pal�cio do Planalto indicam que Dilma queria um caminho intermedi�rio entre Mantega e o pleito da Petrobr�s, porque concorda com a necessidade de dar maior previsibilidade a investidores.
Um mecanismo de reajuste autom�tico, no entanto, � visto como “indexa��o” pela presidente e est� praticamente descartado.
Economistas argumentam que o represamento de pre�os pode prejudicar a infla��o no futuro, porque n�o haveria espa�o financeiro para a Petrobras arcar indefinidamente com gasolina e diesel comprados em d�lar e vendidos em reais a pre�os muito discrepantes. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.