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Estado de Minas

Taxa de inova��o na ind�stria cai para 35%, mostra IBGE


postado em 05/12/2013 11:04

Apesar de as ind�strias brasileiras terem investido mais em pesquisa e desenvolvimento (P&D), no tri�nio de 2009 a 2011, a taxa de inova��o da atividade caiu para 35,7% no per�odo, apontou a Pesquisa de Inova��o Tecnol�gica (Pintec), divulgada nesta quinta-feira, 05, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Entre 2006 e 2008, essa taxa havia sido de 38,1%.

O que parece um contrassenso pode ser explicado pela demora nos resultados desse tipo de investimento. As empresas mostraram um esfor�o para inovar, em resposta aos est�mulos do governo nessa frente, avaliou o gerente da Pintec, Alessandro Pinheiro. Mas isso n�o se concretizou em aumento de inova��o no mesmo tri�nio.

Ao mesmo tempo, a crise financeira que eclodiu em 2008 abalou o empresariado. "Isso pode ter induzido uma mudan�a de comportamento, principalmente na dire��o de uma maior avers�o ao risco", analisa.


Al�m disso, a valoriza��o do real no per�odo incentivou as importa��es, afetando o desempenho das empresas exportadoras. O destaque fica com o "efeito China", que promoveu uma invas�o de produtos daquele pa�s (a pre�os mais competitivos) no mercado internacional. Isso, segundo Pinheiro, pode ter esfriado os planos de ind�strias que pretendiam investir ainda mais em inova��o. Com isso, a taxa geral de inova��o no Brasil ficou em 35,7%.

Al�m da ind�stria, a pesquisa inclui os setores de eletricidade e g�s e de servi�os. Na Pintec 2008, esse porcentual havia ficado em 38,6%, mas Pinheiro ressalta que n�o � poss�vel comparar os dois per�odos e concluir que houve queda.

"Entraram dois setores novos na pesquisa, o de servi�os de engenharia, arquitetura, testes e an�lises t�cnicas, e o de eletricidade e g�s. Isso compromete a compara��o do total", explica. A Pintec investigou 128,7 mil empresas, 116,6 mil delas do setor industrial.

Pesquisa e desenvolvimento

Na pesquisa de 2011, o investimento em P&D chegou a 5% das ind�strias, ante 4,2% na Pintec de 2008. A taxa, contudo, n�o � maior do que nas apura��es de 2000 (10,3%), 2003 (5,9%) e 2005 (5,5%). Mas Pinheiro considerou o dado positivo, e disse que isso ajuda a explicar a queda na taxa de inova��o.

"A atividade de P&D n�o necessariamente vai se materializar no mesmo tri�nio", comenta. "Ela � s� parte do processo at� que isso chegue numa inova��o e seja colocado no mercado. Al�m disso a gente precisa equacionar outros problemas que a pesquisa aponta, como o alto custo da inova��o."

Segundo o gerente do IBGE, pode levar um tempo at� que essa prepara��o e investiga��o sejam de fato aplicadas em um novo produto ou processo. Por isso, a expans�o da pesquisa detectada na Pintec de 2011 pode, em tese, se traduzir em maior taxa de inova��o na pr�xima pesquisa. Ainda assim, a ind�stria se mant�m em um n�vel mais elevado de inova��o do que no in�cio dos anos 2000, quando a taxa no setor era de 31,5%.

A taxa de inova��es ligadas ao processo (como aquisi��o de m�quinas e equipamentos) caiu para 31,7%, ante 32,1% em 2008. J� a taxa de inova��es ligadas ao produto (como projeto industrial e marketing) recuou para 17,3%, de 22,9% na pesquisa anterior, justamente pela concentra��o no setor de pesquisa e tamb�m pela conjuntura menos favor�vel.

Investimento


Os mecanismos de financiamento, incluindo taxas de juros subsidiadas e cr�dito a fundo perdido, ainda que n�o tenham impulsionado a taxa de inova��o, serviram para aumentar o investimento total na atividade. Em 2011, foram aplicados R$ 64 9 bilh�es, segundo o IBGE, em inova��o. Deste montante, R$ 19,9 bilh�es (30,8%) foram gastos com pesquisa e desenvolvimento (P&D).

O valor superou o investimento realizado em 2008, que foi de R$ 54,1 bilh�es - sendo R$ 15,2 bilh�es (28,1%) em P&D. Apesar disso, a propor��o desses gastos em rela��o � receita l�quida de vendas anual caiu no per�odo, de 2,9% em 2008 para 2,56% em 2011. "O grande destaque foi a pesquisa e o desenvolvimento, mas outras atividades inovadoras que tamb�m s�o importantes registraram queda. Talvez elas devessem merecer mais aten��o, porque a taxa de disp�ndio (em rela��o � receita) caiu", disse Pinheiro.


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