O diretor-presidente da Eletrobras, Jos� da Costa Carvalho Neto, afirmou que a estatal federal trabalha com a hip�tese de receber mais do que os R$ 12 bilh�es inicialmente previstos como indeniza��o dos ativos de transmiss�o anteriores a 2000 e dos investimentos em melhorias feitos nos ativos existentes. "Se recebermos mais do que R$ 12 bilh�es, isso entrar� como lucro", afirmou o executivo, que participou hoje de almo�o de fim de ano com jornalistas promovido pela estatal federal.
O executivo evitou precisar uma data de quando a Eletrobras come�ar� a receber essa receita, que ser� paga pelo governo federal ao longo de 30 anos. Contudo, Carvalho Neto afirmou que a estatal j� enviou todas as informa��es necess�rias para que as indeniza��es pudessem ser calculadas e pagas pelo Minist�rio de Minas e Energia (MME) e a Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel). "Acreditamos que vamos ter �xito, e as nossas simula��es indicam que podemos receber mais do que R$ 12 bilh�es", disse o executivo, sem revelar qual seria o novo valor esperado pela empresa.
Caso a estatal receba os R$ 12 bilh�es inicialmente esperados, a renova��o das concess�es ter� gerado uma receita adicional de R$ 26 bilh�es, considerando os R$ 14 bilh�es que est�o sendo recebidos atualmente do governo at� meados de 2015. O executivo reconheceu que esse montante � inferior ao saldo contabilizado em seu balan�o, que � de R$ 31 bilh�es. "Essa perda de R$ 5 bilh�es j� foi reconhecida no nosso balan�o", afirmou.
Essa receita de R$ 26 bilh�es � uma das fontes de recursos para financiar os investimentos do grupo at� 2017, que contabilizam R$ 52,4 bilh�es. Nas contas da Eletrobras, a receita de R$ 26 bilh�es tamb�m � capaz de alavancar investimentos de R$ 156 bilh�es, considerando nessa conta que a empresa investe em novos projetos em parceria e que, na sua parcela do investimento, pelo menos 70% s�o financiados por bancos.
