O diretor-geral da Organiza��o Mundial do Com�rcio (OMC), Roberto Azev�do, afirmou nesta quinta-feira, que as negocia��o em Bali, fechadas no in�cio deste m�s, eram "cr�ticas" e n�o foram f�ceis, uma vez que n�o se conclu�a um acordo multilateral "h� quase 20 anos". "Chegamos perto v�rias vezes, mas sempre falhamos no minuto final", disse Azev�do.
Ele lembrou que estimativas apontam que os ganhos com o acordo, de facilita��o das regras de com�rcio dos 160 membros da OMC, s�o expressivas. "Voc�s viram algumas estimativas que elevam os ganhos a v�rias centenas de milh�es de d�lares por ano, alguns falam trilh�o de d�lares ao ano", disse o diretor-geral.
Azev�do explicou que o acordo vai ser implementado ao longo do tempo. "Estamos negociando em Genebra quando o acordo vai entrar em vigor e como vai ser o processo de protocoliza��o e sua implementa��o", concluiu.
O diretor geral da OMC se reuniu nesta tarde com o presidente da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), Robson de Andrade, para discutir o impacto do acordo de facilita��o de com�rcio fechado pela organiza��o na Indon�sia.
Roberto Azev�do avalia que a onda de acordos bilaterais pode terminar por ajudar as negocia��es multilaterais. Com a mostra de que os 160 pa�ses da OMC s�o capazes de chegar a acordos, as normas bilaterais podem servir de base para as futuras negocia��es multilaterais.
"O interesse de negociar a abertura de mercados mais aprofundados ou disciplinas novas normalmente come�a em acordos bilaterais ou regionais. S� depois essas pr�ticas, se exitosas, come�am a ser incorporadas nas negocia��es multilaterais", afirmou Azevedo. "0O sistema multilateral n�o � um desbravador de fronteiras comerciais. Isso � feito nos acordos bilaterais, regionais."
Com�rcio mundial
O diretor-geral da OMC disse que a proje��o da entidade � que o com�rcio internacional tenha um crescimento na ordem de 4,5% no ano que vem. Azev�do pontuou, no entanto, que esse �ndice ainda � considerado "an�mico" comparado com o hist�rico anterior � crise financeira de 2008, quando estava na casa dos 6%. "Este ano deve bater em 2,5%, talvez, e o ano que vem a nossa expectativa � de 4,5%", pontuou.