A infla��o vai continuar sendo um problema para os brasileiros em 2014 e deve ficar acima do centro da meta estabelecida pelo Banco Central (BC) de 4,5% pelo quinto ano consecutivo. Previs�es para 2014 de consultorias para o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), variam entre 5,7% e 6%, podendo superar esse teto por causa do comportamento do d�lar. O Boletim Focus do BC, divulgado na segunda-feira, mostrou que o mercado elevou de 5,95% para 5,97% a expectativa do IPCA para 2014.
Em 2013, os pre�os administrados devem ter aumentado 1,5% e, em 2014, a perspectiva � de alta de 4,5%, nas contas da Rosenberg Associados, por exemplo. A Tend�ncias Consultoria Integrada projeta um aumento de 4,35% dos pre�os administrados no ano que vem e de 1,25% em 2013. J� a LCA Consultores espera um avan�o de 1,4% dos administrados neste ano e de 4,10% em 2014.
“Os pre�os administrados s�o o maior fator de acelera��o da infla��o em 2014”, prev� o economista da Rosenberg, Fernando Parmagnani. Ele destaca o fim do al�vio dado neste ano para os pre�os da energia el�trica. Por decis�o do governo, a tarifa de eletricidade teve redu��o de 15%, o que representou um al�vio de 0,40 ponto porcentual no IPCA deste ano. Para 2014, Parmagnani prev� reajuste de 4% da energia el�trica, com impacto de 0,10 ponto porcentual de alta na infla��o.
F�bio Rom�o, economista da LCA, que projeta reajuste um pouco mais salgado para energia el�trica para 2014, de 4,20%, acrescenta outro fator de press�o para os pre�os administrados. “O reajuste dos �nibus urbanos, que foi zerado este ano depois das manifesta��es de junho, deve ser de 2,65% em 2014”, prev�. Tamb�m ele espera um aumento de 1,9% no pre�o da gasolina, por causa de reajustes de mercado, sem contar aumentos que possam ocorrer nas refinarias, autorizados pelo governo. “Aumentos do t�xi e de passagens de trem e de �nibus intermunicipais podem pressionar a infla��o tamb�m.”
Para a economista da consultoria Tend�ncias, Adriana Molinari, s� os pre�os livres t�m perspectiva de desacelera��o em 2014, ainda que sofram alguma press�o por causa da maior oscila��o do d�lar. Ela projeta alta de 6,5% para os pre�os livres para 2014, ante eleva��o de 7,1% em 2013. “Os pre�os livres v�o ter um al�vio em 2014, mas n�o � algo que salte aos olhos”, pondera Rom�o. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.