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Estado de Minas

Alta dos alimentos puxa a infla��o no Natal, encarecendo as festas

Itens que comp�em cesta de produtos mais consumidos no fim do ano sobem acima do �ndice oficial, mesmo sem considerar as carnes, frutos e castanhas tradicionais na celebra��o


postado em 23/12/2013 06:00 / atualizado em 23/12/2013 07:09

As contas da ceia de Natal e da troca de presentes na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte sofreram neste ano a maior alta desde 2011, influenciada pelas remarca��es dos pre�os dos alimentos que as donas de casa j� vinham observando ao longo de 2013. Os gastos com  comida, bebida, presentes tradicionais ou consumidos em maior quantidade no melhor per�odo de vendas do com�rcio encareceram 6,22% na Grande BH de janeiro a novembro, comparados a dezembro do ano passado. A infla��o do Natal havia sa�do do teto de 6,69% em 2010 para 1,27% em 2011 e 5,16% no ano passado. O levantamento foi feito com base numa cesta composta por 32 itens, a partir da pesquisa do �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da infla��o no Brasil, apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) nas 11 principais �reas metropolitanas do pa�s.

As despesas com alimenta��o evolu�ram quase o dobro da infla��o do Natal em BH e no entorno da capital, com varia��o de 12,17%, estimou o analista do IBGE Antonio Braz de Oliveira e Silva, autor do estudo encomendado pelo Estado de Minas h� quatro anos, com o objetivo de auxiliar o consumidor na hora das compras. O custo da festa subiu acima da m�dia nacional, de 6,10%, superando a carestia no Distrito Federal (4,02%), S�o Paulo (5,53%), Bel�m (5,67%) e Goi�nia (4,48%). O maior �ndice foi medido na Grande Salvador, de 8,75%, seguido de Fortaleza, 8,06%; Porto Alegre, 6,96%; Recife, 6,73%; Curitiba, 6,44%; e Rio de Janeiro, 6,37%.

O avan�o dos pre�os pode ter sido, inclusive, superior ao que o IPCA do Natal indicou, j� que a rela��o de itens que comp�em a infla��o n�o inclui produtos tradicionais desta �poca do ano, como peru, leit�o, castanhas, frutas secas e panetones. “O ano foi de ajustes � crise internacional. Frango e carne de porco puxaram a alta dos alimentos, que foram mais demandados no mundo e dependem de insumos que encareceram no campo”, afirma o analista. De acordo com a pesquisa da cesta de fim de ano, os pre�os da carne de porco foram reajustados em 21,65%, na m�dia, de janeiro a novembro, em rela��o a dezembro de 2012, pouco acima da varia��o de 21,31% dos pre�os do frango inteiro.

(foto: ARTE EM)
(foto: ARTE EM)


O presunto seguiu a tend�ncia de descolamento da infla��o geral, ao ficar 11,19% mais caro. O IPCA alcan�ou 4,92% na Grande BH, na mesma base de compara��o. Com comportamento semelhante, refrigerantes e �gua mineral encareceram 5,57% em m�dia. Assustados com os reajustes, a t�cnica em eletr�nica Raquel Maria do Nascimento e o marido, o empres�rio Josimar Fernandes Meireles, tiveram de esticar o or�amento para a ceia de Natal. Os pre�os do bacalhau subiram at� 20% sobre o valor pago no ano passado. “H� muita oferta e diversidade de produtos nas lojas, mas os pre�os s�o como ouro”, criticou Raquel, enquanto fazia  compras na tarde de sexta-feira, no Centro de BH.

Josimar Meireles encontrou remarca��es tamb�m de frutas cristalizadas, castanhas e am�ndoas, que v�o levar as despesas do Natal para 12 pessoas da fam�lia ao total de R$ 600, um ter�o al�m dos gastos de 2012 (R$ 450). “Outro problema � que falta concorr�ncia no varejo” , reclama Meireles. Tamb�m atenta aos pre�os, a consultora de moda Bernadete Habaeb, critica os repasses de pre�os � carnes como lingui�a, bacon e bacalhau. “Paguei 20% mais em rela��o ao come�o do ano e entendo que n�o h� justificativa para os aumentos”, disse.

PRODUTORES Este ano foi um per�odo de recupera��o dos pre�os pagos aos produtores rurais, destaca Wallisson Fonseca, analista de agroneg�cios da Federa��o da Agricultura e Pecu�ria do Estado de Minas Gerais (Faemg). O incremento de 11,2% dos pre�os pagos aos criadores de frango em novembro (R$ 2,59, em m�dia, por quilo), frente a id�ntico m�s de 2012, ultrapassou o ganho de 4,8% na produ��o dos animais (854 mil toneladas) nos meses comparados.

Entre os suinocultores, a melhora na remunera��o resultou de dois fatores combinados: a oferta menor de animais para abate e o tradicional aumento do consumo no fim do ano. Os custos de produ��o, segundo Wallisson Fonseca, da Faemg, foram impactados pela eleva��o dos pre�os de gr�os usados na alimenta��o – � exce��o do milho, cujos pre�os diminu�ram 8,9% em novembro, em rela��o �s cota��es de novembro de 2012 – do transporte e m�o de obra.


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