
O atraso nas obras do aeroporto de Confins limitou a inclus�o de voos extras durante a Copa do Mundo. Entre as premissas adotadas pela Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac) para vetar a libera��o de hor�rios, segundo o presidente do �rg�o, Marcelo Guaranys, est� o limite operacional de cada aeroporto. No caso de Confins, a an�lise dos pedidos foi feita com base na atual capacidade (10,2 milh�es de passageiros/ano), sendo que o ano passado encerrou com fluxo pr�ximo do limite (10 milh�es de passageiros/ano). Segundo a ag�ncia reguladora, � medida que as obras forem entregues, caso haja demanda, ser�o avaliados novos voos. A conclus�o da reforma, prevista at� abril, aumentaria a capacidade do aeroporto em 1,4 milh�o de passageiros por ano.
A amplia��o do terminal de passageiros do Aeroporto Internacional Tancredo Neves nem mesmo chegou � metade, faltando apenas tr�s meses para encerrar o novo prazo. Balan�o publicado ontem indica que s� 41% das obras est�o prontas. Por isso, a ag�ncia reguladora desconsiderou a conclus�o do projeto para redesenhar a malha a�rea do pa�s durante o evento esportivo. Segundo nota, ao avaliar os pedidos de voos e os remanejamentos da malha, “a Anac considerou a capacidade dos aeroportos somente com as obras que j� est�o na fase final”. Confins n�o faz parte deste rol. “Garantimos que os voos est�o sendo aprovados dentro da capacidade dos aeroportos”, disse Guaranys ao apresentar os dados do esquema de voos da Copa.
Segundo a ag�ncia, caso a empresa n�o tenha um determinado pedido de slot contemplado, � apresentada uma alternativa para suprir a necessidade, exceto quando se tratar de um aeroporto plenamente ocupado. Ou seja: sempre que houver infraestrutura para o processamento do voo e o hor�rio solicitado n�o estiver dispon�vel, outras op��es ser�o disponibilizadas. A restri��o, em Confins, se daria exatamente nesse aspecto. Com fluxo pr�ximo do limite, as alternativas s�o restritas.
A ag�ncia reguladora n�o revela quantos voos extras ser�o destinados para cada um dos 25 aeroportos inclu�dos no esquema de opera��o especial da Copa do Mundo, que vai de 6 de junho a 20 de julho. Em Minas, al�m de Confins, participar�o do esquema formado o terminal da Pampulha e o de Juiz de Fora (Serrinha). Mas, segundo o balan�o preliminar, divulgado na primeira semana do ano, Confins n�o estava nem mesmo entre os sete primeiros com maior aumento percentual de pousos e decolagens para o per�odo. O ranking, liderado por Viracopos, com pedido de acr�scimo de 41,6% sobre a malha atual, tinha Gale�o e Recife empatados na s�tima posi��o, com solicita��o de expans�o do fluxo de 13% extras. Ou seja, o percentual solicitado para Confins era ainda menor que isso.
OFERTA MAIOR
Ao todo, 1.973 voos foram criados para suportar o aumento da demanda no per�odo da Copa do Mundo e com o intuito de for�ar as companhias a�reas a ofertar passagens mais baratas. Mas a remodelagem da malha de inverno atingiu mais de 78 mil, se considerados, al�m dos adicionais, os que sofreram altera��es.
Levantamentos feitos pela reportagem nos �ltimos meses mostraram pre�os bastante elevados. Em nota, a TAM diz que j� avalia as informa��es remetidas pela Anac e os impactos nos itiner�rios operados pela companhia. Sem definir data, a empresa afirma que, ao longo deste m�s e da primeira quinzena de fevereiro, vai disponibilizar as altera��es em todos os canais de venda. No caso da Azul, os voos adicionais ser�o postos � venda a partir de fevereiro; a Gol diz que os voos ser�o inclu�dos no sistema gradativamente, a partir dos ajustes da malha.
Para conferir se os pre�os v�o estar em n�veis considerados normais, a ag�ncia reguladora montou uma equipe para monitorar quinzenalmente as tarifas. Em caso de suspeitas de abuso, os �rg�os de defesa do consumidor ser�o acionados. Segundo a Anac, a tarifa m�dia praticada no primeiro semestre do ano passado foi de R$ 302. “A expectativa para o per�odo da Copa � que n�o haja pre�os elevados demais e que o comportamento do mercado seja parecido com a alta temporada”, informa a Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil.