Bras�lia – Viajar para o exterior ficou mais caro. Al�m da disparada do d�lar frente ao real, que apenas em 2013 subiu 15,1%, o governo levantou, na virada do ano, mais uma barreira tribut�ria contra as compras fora do pa�s: o Imposto sobre Opera��es Financeiras (IOF) de 6,38% para gastos em cart�es de cr�dito, d�bito, nos pr�-pagos e nos saques internacionais. A medida levou ainda a uma corrida pelo d�lar turismo, que entre 31 de dezembro e ontem havia subido quase 4% em fun��o da demanda. N�o bastasse isso, a Receita Federal foi para cima do turista, est� apertando o cerco principalmente sobre brasileiros que chegam a Bras�lia e S�o Paulo, locais onde as bagagens t�m passado por um pente-fino.
Mas h� como reduzir os gastos. Com o aumento do tributo sobre o uso de cart�es de d�bito, cr�dito, traveller e saques no exterior, o brasileiro que vai para fora do pa�s precisa ser criativo para n�o ter problemas. Turistas que levam uma quantidade maior de dinheiro e que v�o passar um tempo longo fora do Brasil, sobretudo nos Estados Unidos, est�o trocando o traveller, uma esp�cie de cart�o pr�-pago, por uma conta banc�ria norte-americana.
A op��o se tornou muito mais barata que o cart�o pr�-pago dispon�vel no Brasil, que tem taxa de confec��o e IOF de 6,38%. Segundo relato de brasileiros que utilizaram a conta norte-americana, n�o h� burocracia ou demora. � preciso apenas do passaporte. Em aproximadamente 20 minutos � poss�vel deixar a ag�ncia com um cart�o na m�o.
Especialistas alertam que, se a pessoa n�o puder fazer uma conta dessas, tem de se precaver para evitar assaltos e furtos. “Transportar uma quantia maior dessa maneira demanda uma preocupa��o maior com a seguran�a”, explica Marcelo Maron, consultor de finan�as pessoais e diretor executivo do Grupo PAR. Uma dica, para esses casos, � se hospedar em locais que tenham cofres. “A pessoa tamb�m deve controlar a quantidade de dinheiro que levar� para a rua em cada dia. O recomendado � fazer o tour somente com um montante suficiente para suprir os gastos planejados para aquele dia”, explicou.
Cerco da Receita Em rela��o � queixa dos turistas, segundo especialistas, essa � parte da fatura dos desarranjos econ�micos que se instalaram no pa�s nos �ltimos anos. O governo, sem capacidade de tornar os exportadores brasileiros mais competitivos no mercado internacional, apelou para medidas de curto prazo, trabalhou por um d�lar mais alto e imp�s tributos sobre compras no exterior para impedir uma deteriora��o maior das contas externas. A an�lise severa de bagagem nos aeroportos � parte dessas medidas protecionistas. Com todos esses problemas, parte da conta fica para o turista.