O aumento de consumo de combust�veis e derivados de petr�leo, por causa da inclus�o social, e as grandes descobertas do pr�-sal, justificam o gigantesco investimento da Petrobras no Brasil, de US$ 236 bilh�es em cinco anos. Esta foi a mensagem da presidente da Petrobras, Maria das Gra�as Foster, durante debate sobre o panorama global do setor energ�tico, na manh� desta quarta-feira, 22, no F�rum Econ�mico Mundial de Davos.
Gra�a Foster tra�ou um panorama otimista do setor de petr�leo e g�s no Brasil, considerando "fant�stico" o break-even (custo a partir do qual h� lucratividade) de US$ 54 do pr�-sal, dizendo que o arcabou�o regulat�rio � muito claro, enfatizando a participa��o de dezenas de empresas estrangeiras e afirmando que as regras de conte�do local s�o um desafio, mas que vem sendo enfrentado com flexibilidade.
Ela mencionou tamb�m dificuldades, como atrasos em portos que afetam a entrega de plataformas constru�das fora do Pa�s. A presidente da Petrobras disse que a empresa est� aberta a ganhar dinheiro com fontes renov�veis e etanol, mas que esta n�o � a prioridade.
Pre�o do petr�leo
No debate, que contou com a participa��o de especialistas e executivos do setor energ�tico, como Fatih Birol, economista chefe da Ag�ncia Internacional de Energia, e Ulrich Spiesshpfer, principal executivo do grupo ABB, houve concord�ncia em que o pre�o do petr�leo deve ficar relativamente est�vel em torno de US$ 100 o barril a curto e m�dio prazo.
O principal executivo da empresa chinesa de energia solar Trina, Geo Jifan, mencionou a queda de mais de 80% no custo dessa fonte energ�tica, que deve subir de 9% para 15% da energia consumida na China at� 2020.
Outros temas da discuss�o foram os problemas regulat�rios que encarecem a energia na Europa (inclusive as exig�ncias sobre fontes renov�veis), a projetada virada dos Estados Unidos de importador para exportador de petr�leo e g�s, o desvio de grande parte da demanda mundial para a �sia, e os esfor�os japoneses em termos de efici�ncia energ�tica e novas tecnologias em rea��o ao desastre de Fukushima.