A presidente da Rep�blica, Dilma Rousseff, afirmou nesta sexta-feira, em seu discurso no F�rum Econ�mico Mundial, em Davos, na Su�ca, que o Brasil segue o regime de metas e que a infla��o permanece sob controle no pa�s. Segundo ela, o descontrole de pre�os no passado mostrou aos brasileiros o poder destrutivo da infla��o para empresas e para a popula��o. "Reitero que buscamos com determina��o a converg�ncia para o centro da meta inflacion�ria", disse.
"A estabilidade da moeda � um valor central do nosso pa�s. N�o transigimos com a infla��o", afirmou. Segundo a presidente, o Brasil, que ainda sofre com algumas condi��es de desigualdade social, est� sendo constru�do sem abdicar dos fundamentos macroecon�micos. "O controle da infla��o e o equil�brio das contas p�blicas s�o essenciais para assegurar a estabilidade", disse.
Super�vit
Dilma afirmou tamb�m que tem como uma meta importante melhorar super�vit prim�rio de estados e munic�pios. "Olhando o futuro, queremos aprimorar controle das contas dos entes federados", afirmou.
Segundo a presidente, outra meta do pa�s "� o reposicionamento dos bancos na expans�o do cr�dito". "N�s constru�mos um sistema financeiro s�lido, que contribuiu para a expans�o sustent�vel do cr�dito ao longo dos anos", afirmou. Dilma disse ainda que o sistema � eficiente e funciona com harmonia entre as institui��es privadas e p�blicas.
Durante o per�odo de crise financeira global, disse Dilma, as institui��es financeiras desempenharam um importante papel. "Com a normaliza��o, a orienta��o estrat�gica � que as institui��es p�blicas retornem suas voca��es naturais", afirmou.
Segundo a presidente, a crise global ganha novos contornos, nesse momento de retirada de est�mulos pelos pa�ses desenvolvidos, mas "ainda persistem desafios que geram volatilidade nos mercado financeiros".
Citando as reservas internacionais brasileiras, de US$ 376 bilh�es, Dilma afirmou que o pa�s tem "um colh�o seguro de absor��o dessa volatilidade". "O Brasil tem na flutua��o cambial sua primeira linha de defesa", discursou.
Dilma lembrou ainda do programa do swap do Banco Central e disse que ele tem sido capaz "de dar previsibilidade e estabilidade ao mercado de c�mbio". Al�m disso, a presidente disse que o fluxo estrangeiro "se mant�m direcionado ao Brasil".
Meta fiscal
A presidente afirmou ainda que, em breve, o governo definir� a meta fiscal para 2014, sem, no entanto, especificar uma data para o an�ncio. Ela disse que as despesas correntes do governo central est�o sob controle no Brasil e que houve uma "melhora qualitativa" das contas p�blicas nos �ltimos anos, com a redu��o da d�vida l�quida e da d�vida bruta. "A meta de super�vit do governo ser� condizente com essa diminui��o do endividamento", afirmou a presidente, citando que a d�vida bruta federal passou de 60,9% para 58,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013. "Creio que temos um dos menores endividamentos p�blicos do mundo", comparou.
Educa��o
Em seu discurso, Dilma defendeu tamb�m o repasse dos royalties do petr�leo � educa��o. Segundo ela, a decis�o "hist�rica" de destinar 75% dos royalties do "pr�-sal e do p�s-sal" contribuir� para o desenvolvimento do ensino brasileiro. "Vamos transformar a riqueza finita (o petr�leo), em riqueza perene (a educa��o)", revelou.
A presidente disse ainda que a medida beneficia todos os brasileiros e, ao garantir maior investimento em educa��o e forma��o de m�o de obra, provocar� ganhos de produtividade, contribuindo para o crescimento econ�mico.
Ela tamb�m citou o programa Ci�ncias Sem Fronteiras, que oferece interc�mbio para estudantes brasileiros no exterior. "Nosso objetivo � criar uma gera��o de t�cnicos, pesquisadores e cientistas", destacou.