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Estado de Minas F�RUM ECON�MICO MUNDIAL

Davos: Confian�a de empres�rios piora em rela��o ao Brasil

Para eles, pa�s � o que tem menos oportunidades. Risco mundial � avan�o desequilibrado, alerta FMI


postado em 26/01/2014 07:55 / atualizado em 26/01/2014 07:55

Bras�lia – As perspectivas para a economia global est�o “cautelosamente otimistas”, de acordo com os especialistas financeiros e participantes do �ltimo dia do F�rum Econ�mico Mundial, encerrado ontem em Davos, na Su��a. Christine Lagarde, diretora-gerente do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), alertou para os velhos riscos ainda presentes e disse que a recupera��o econ�mica n�o est� consolidada e ocorre a taxas diferentes em diversos pa�ses. “As reformas do mercado financeiro est�o em andamento e ainda n�o est�o conclu�das. Entre os novos riscos est� o crescimento desequilibrado”, disse ela.


Mas o otimismo dos empres�rios em Davos � pior em rela��o ao Brasil. Pesquisa feita pela ag�ncia de not�cias Bloomberg, com 500 participantes do evento, revelou que houve piora na percep��o da economia brasileira na compara��o com as desenvolvidas e as emergentes. Quarenta e quatro por cento dos entrevistados acreditam que o pa�s piorou e 8% que melhorou. Para eles, o Brasil � o pa�s onde h� menos oportunidades no mundo. Apenas 7% votaram no pa�s, enquanto Estados Unidos e Uni�o Europeia tiveram 46% e 40% da prefer�ncia, respectivamente (veja quadro).


(foto: DENIS BALIBOUSE/REUTERS)
(foto: DENIS BALIBOUSE/REUTERS)


Na avalia��o de especialistas, a estreia da presidente Dilma Rousseff em Davos foi positiva, mas n�o contribuiu para melhorar o n�vel de confian�a dos investidores no pa�s. O Brasil virou o patinho feito entre os Brics – Brasil, R�ssia, �ndia, China e �frica do Sul – por ter a menor expans�o do Produto Interno Bruto (PIB) e n�o dar sinais de melhora neste ano. A desconfian�a maior � na gest�o p�blica. Depois de artif�cios cont�beis para entregar um super�vit prim�rio (economia para o pagamento dos juros da d�vida p�blica), o mercado est� c�tico de que o governo tem capacidade para fazer ajustes fiscais necess�rios e manter um ritmo de crescimento mais elevado e sustent�vel. A presidente n�o conseguir� cumprir uma de suas promessas de campanha, que � encerrar o governo com a d�vida p�blica l�quida em 30% do PIB.


“A presidente demonstrou em Davos que a preocupa��o do governo � com a infla��o no centro da meta (de 4,5% ao ano) e destacou o interesse de respeitar contratos. Foi feliz ao fazer uma afirma��o correta de que os emergentes continuar�o puxando o crescimento global. � realmente precipitado dizer que os emergentes pararam de emergir”, disse o ex-embaixador Jos� Botafogo Gon�alves, vice-presidente em�rito do Centro Brasileiro de Rela��es Internacionais (Cebri).

AJUSTE FISCAL
Entretanto, para Gon�alves, isso n�o basta para os empres�rios e investidores. “A conjuntura atual, com elei��es, n�o ajuda na melhora da economia. Existe uma percep��o de que a promessa com a responsabilidade fiscal n�o ser� cumprida porque em ano eleitoral � imposs�vel para qualquer governo fazer ajustes fiscais, a n�o ser que ela n�o queria se reeleger”, explicou.


A mesma opini�o � compartilhada pelo professor da Columbia University, de Nova York, Marcos Troyjo. “O principal saldo dessa viagem de Dilma � que existe um crescimento de sentimento de des�nimo em rela��o ao Brasil, tanto no mercado quanto nos investidores. A decep��o foi que ela n�o falou em reforma alguma. A percep��o que fica � que nada de importante vai acontecer em 2014”, afirmou.

 

Duas velocidades
Depois da Su��a, a presidente Dilma Rousseff fez uma escala secreta ontem em Lisboa antes de ir para Cuba, onde ter� dois compromissos oficiais. Amanh�, ela participar� da inaugura��o do Porto de Mariel, em Artemisa. A obra contou com financiamento do BNDES. Na ter�a, Dilma participa da reuni�o da 2ª C�pula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). “O interessante dessa reuni�o de l�deres � que fica mais clara a vis�o de uma regi�o de duas velocidades. De um lado, Argentina, Bol�via, Equador e Venezuela em crise econ�mica. Do outro, Chile, Peru, Col�mbia e M�xico em ritmo mais acelerado. E o Brasil, no meio, sem saber para onde vai”, disse o professor Marcos Troyjo, da Universidade Columbia.


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