ONS nega que alto consumo de energia tenha causado apag�o

A falta de energia que afetou consumidores no Sul, Sudeste e Centro-Oeste na tarde dessa ter�a-feira n�o foi provocada pelo excesso de demanda, apesar de o calor intenso nas �ltimas semanas, informou o presidente do Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS), Hermes Chipp.

“A demanda elevada n�o tem rela��o com a ocorr�ncia, porque se estava com os carregamentos das linhas de transmiss�o todos dentro dos limites. Se esse pico de consumo tivesse, por acaso, ocasionado de se operar com sobrecarga, a� podia afetar. Mas n�o � o caso”, explicou Chipp.

De acordo com o ONS, um primeiro curto-circuito ocorreu �s 14h03 na linha de transmiss�o de 500 kilovolts (kV) Miracema-Colinas C3, de propriedade da empresa Intesa, no Tocantins. Em seguida, outro curto-circuito atingiu a linha Miracema-Colinas C2, tamb�m de 500 kV, da empresa Taesa, controlada pela Cemig. Isso acarretou o desligamento do circuito restante, de propriedade da Eletronorte. Com isso, houve o desligamento da linha de transmiss�o Serra da Mesa-Rio das �guas, separando fisicamente os Sistemas Norte e Nordeste do restante do Sistema Interligado Nacional.

Segundo Chipp, a linha de transmiss�o Miracema-Colinas tem capacidade para at� 5,1 mil megawatts e estaria, no momento da interrup��o, com carga abaixo disso, “dentro de todos os limites e padr�es”.

Chipp tamb�m descartou que a falha tenha ocorrido por falta de manuten��o no sistema. “Todos os equipamentos est�o operando dentro dos padr�es para os quais eles foram fabricados”. O diretor-geral do ONS calculou que 6 milh�es de pessoas foram afetadas e disse que os cortes de energia foram seletivos, a fim de preservar hospitais e outras unidades e servi�os de utilidade p�blica, incluindo o transporte por trens e metr�.

Ele n�o soube precisar as causas da interrup��o e disse que somente na pr�xima quinta-feira (6) elas poder�o ser divulgadas, ap�s uma reuni�o t�cnica sobre o assunto.