Tr�s Marias – O n�vel volum�trico da represa de Tr�s Marias, na Regi�o Central de Minas, atingiu o menor percentual para o m�s de janeiro e a primeira semana de fevereiro desde o in�cio da s�rie hist�rica em 2000: 28,94% e 26,6%, respectivamente, segundo o Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS) e a Companhia Energ�tica do Estado de Minas Gerais (Cemig). O volume � inferior ao medido em igual m�s durante o apag�o do governo Fernando Henrique Cardoso, em 2002. � �poca, a represa atingiu 35,71% em janeiro. Ou seja, o n�vel atual � 18,6% inferior, o que inclusive impede a usina de funcionar com seu potencial m�ximo.
As bombas geradoras t�m capacidade para produzir 66 megawatt por hora. Como s�o seis m�quinas, a usina pode fornecer at� 396 megawatt por hora. Uma bomba est� desativa. Nas �ltimas semanas as outras cinco funcionam com restri��o. Em m�dia, tem produzido 50 mWh cada – 37% abaixo do limite operacional. Anteontem, uma bomba teve que ser desligada, reduzindo ainda mais o fornecimento. O t�cnico de opera��o da usina, S�rgio Antunes Costa, explica que devido ao n�vel da represa a queda d'�gua n�o consegue ter for�a suficiente para garantir o funcionamento das m�quinas.
Pela s�rie hist�rica, a primeira semana de fevereiro mant�m m�dia de 96,27% do n�vel da represa. O volume registrado, no entanto, foi de 26,6%. A �gua est� 13,8 metros abaixo da medi��o m�dia. O problema tende a se agravar ainda mais no per�odo de seca, caso S�o Pedro n�o colabore at� mar�o. O ideal � que chova na cabeceira, nas proximidades de Iguatama e Piumhi. Pelas previs�es, n�o h� ind�cio de chuva para as pr�ximas duas semanas. Os operadores j� trabalham com a possibilidade de o n�vel volum�trico ficar abaixo do menor n�vel j� registrado. “Pode comprometer em fun��o da queda”, diz Costa, em alus�o ao funcionamento da usina quando questionado sobre os efeitos caso n�o chova. Durante o apag�o (entre junho de 2001 e setembro de 2002), o volume da represa atingiu 8,65% em novembro de 2001.
Mais monitoramento
Com a �gua em n�vel cr�tico, a Copasa reduziu o per�odo de monitoramento da qualidade da �gua. As an�lises s�o feitas a cada seis meses, mas a companhia tem realizado os testes a cada tr�s, podendo alterar a periodicidade para semanal caso necess�rio. Por enquanto, a qualidade se mant�m inalterada, mas, segundo o respons�vel pela empresa em Tr�s Marias, Jamasiel Francisco Neves, “corre risco de aparecer algas”. A empresa tamb�m tem tido dificuldade para encher o reservat�rio de �gua da cidade, mas n�o h� risco de desabastecimento semelhante ao de outras cidades mineiras.