O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta ter�a-feira, em entrevista coletiva para a imprensa internacional, que o Brasil tem feito a sua li��o de casa para combater a infla��o e que tem sido bem-sucedido em seus esfor�os.
Tombini lembrou que o Banco Central elevou a taxa b�sica de juros em 3,25 pontos porcentuais desde o in�cio do ano passado. "Isso j� produziu alguns resultados. A infla��o, medida pelo IPCA, recuou 1,1 ponto porcentual desde o pico atingido em 2013". Ele ressaltou, por�m, que a pol�tica monet�ria opera com defasagens. "N�s ainda teremos impactos mais para frente do que foi feito at� agora na infla��o".
Segundo Tombini, o Banco Central continuar� a observar de perto os desdobramentos dos pre�os. "N�s queremos assegurar que a infla��o continue em decl�nio em 2014 e al�m".
Segundo Tombini, o Brasil est� em uma situa��o confort�vel para lidar com esse per�odo de transi��o. "N�s acumulamos colch�es cambiais durante anos, temos um setor financeiro que � competitivo, bem provisionado e capitalizado e temos taxas de retornos bem aceit�veis". Ele afirmou tamb�m que a d�vida externa com vencimento em um ano � muito pequena se comparada ao n�vel das reservas internacionais do Pa�s. "N�s temos v�rios indicadores da capacidade do Brasil de conseguir superar bem esse processo de transi��o na condi��o financeira global", acrescentou.
Tombini afirmou que o pa�s acumulou colch�es de liquidez dom�sticos em termos de exig�ncias de reserva capital e em reservas internacionais. "N�s podemos utilizar esses colch�es de maneiras diferentes para ajudar a mitigar as implica��es reais dos pre�os relativos sobre a economia". Ele alertou, contudo, que isso n�o deve ser confundido com fragilidades. "Isso � um passo necess�rio no processo de normaliza��o".
"� claro que, ap�s cinco anos de crise financeira internacional, essa transi��o trouxe riscos de volatilidade e n�s precisamos lidar com isso", afirmou Tombini. Segundo ele, o Banco Central tem utilizado uma abordagem direta em rela��o a esse processo de mudan�a. "N�s adotamos pol�ticas, mudamos a linguagem no que diz respeito � pol�tica monet�ria e come�amos a lidar com as condi��es monet�rias em abril do ano passado. N�o somos novos nesse processo. N�s temos feito a nossa li��o de casa para combater a infla��o e temos tido sucesso nisso".