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Estado de Minas

Real � mais sens�vel a mudan�as globais, diz estudo

Professor Jos� Luiz Rossi J�nior mostrou, por exemplo, que o real � a moeda mais afetada quando h� altera��o na pol�tica monet�ria dos Estados Unidos


postado em 04/03/2014 09:37 / atualizado em 04/03/2014 10:29

A moeda brasileira � uma das mais sens�veis �s mudan�as no mercado financeiro global. A conclus�o � de um estudo in�dito feito pelo Insper, que analisou o comportamento de 27 moedas de pa�ses emergentes e desenvolvidos entre 2001 e 2013.

O estudo conduzido pelo professor e pesquisador do Insper Jos� Luiz Rossi J�nior mostrou, por exemplo, que o real � a moeda mais afetada quando h� altera��o na pol�tica monet�ria dos Estados Unidos. Para chegar a tal conclus�o, Rossi analisou os impactos da mudan�as nos t�tulos de dez anos do governo americano na cota��o das moedas.

De acordo com a pesquisa, usando outros par�metros, a moeda brasileira tamb�m � mais afetada quando h� altera��o no humor dos investidores por apetite ao risco, e a segunda mais prejudicada nos casos de mudan�as de volatilidade nos mercados globais - nesse caso, fica atr�s somente da Turquia. “Do ponto de vista de curto prazo, de influ�ncia global na taxa de c�mbio, o Brasil � um dos pa�ses que mais sentem as mudan�as dessas vari�veis. � poss�vel perceber claramente a fuga do investidor”, afirma o professor do Insper. De acordo com ele, os pa�ses escolhidos para compor a pesquisa s�o considerados pelo Fundo Monet�rio Internacional (FMI) como tendo regime de taxa de c�mbio flex�vel.

Desde a recente crise financeira internacional, iniciada em 2008, fundamentos macroecon�micos, como infla��o e crescimento, por exemplo, se tonaram insuficientes para explicar a varia��o das moedas. Por isso, a necessidade de entender qual a sensibilidade das moedas diante de altera��es nas finan�as mundiais.

Nos �ltimos 12 meses, com a normaliza��o da pol�tica econ�mica dos Estados Unidos, o real deu mostras de como � sens�vel aos movimentos da economia global. A moeda brasileira acumula desvaloriza��o de 18,16% no per�odo at� sexta-feira.

O mercado tem se mostrado mais desconfiado da condu��o da economia brasileira, sobretudo na �rea fiscal. Recentemente, o Brasil foi colocado no grupo dos chamados “Cinco Fr�geis”, ao lado da �frica do Sul, �ndia, Indon�sia e Turquia. O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) tamb�m apontou o Brasil como um dos emergentes mais vulner�veis atualmente. No documento enviado ao Congresso americano, o “�ndice de vulnerabilidade” colocou o Pa�s na segunda posi��o de um total de 15 pa�ses. Nesse caso, a economia brasileira tamb�m ficou atr�s novamente da Turquia.

Lado oposto
O levantamento do Insper tamb�m mostra que, do lado oposto do Brasil, est�o o franco su��o e o iene (do Jap�o), o que mostra que nem sempre � poss�vel explicar a varia��o da moeda brasileira com base apenas na liquidez atribu�da ao real. “O franco su��o e o iene tamb�m s�o moedas l�quidas e, na tabela, est�o do lado oposto do real”, afirma Rossi.

Segundo o professor do Insper, o que de fato ajuda a deixar o Brasil mais sens�vel est� em algum fundamento da economia brasileira. “O investidor v� o Brasil como um pa�s arriscado. A gente tem de entender qual � o motivo. � preciso olhar qual fundamento pesa nessa decis�o do investidor de colocar o Brasil como o mais vulner�vel”, diz Rossi. Na avalia��o dele, os fatores que pesam para essa forte sensibilidade da moeda brasileira s�o uma economia fechada e os desequil�brio que est�o aparecendo na �rea fiscal.


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