A diretora para ratings soberanos da Am�rica Latina da Standard & Poor's, Lisa Schineller, desembarcou nesta quinta-feira, com sua equipe em Bras�lia para uma s�rie de reuni�es com representantes do governo que ir� extrapolar os limites da �rea econ�mica. Al�m de ter agendadas reuni�es no Banco Central e no Minist�rio da Fazenda, os representantes da ag�ncia classificadora de risco ter�o encontro hoje com o ministro das Comunica��es, Paulo Bernardo.
Os t�cnicos da S&P chegam a Bras�lia depois de terem passado tr�s dias em S�o Paulo, numa s�rie de encontros com economistas, representantes de institui��es financeiras e do setor produtivo. A equipe permanece no Pa�s ao menos at� segunda-feira, e deve tamb�m passar pelo Rio, provavelmente com agendas na Petrobras e no BNDES. A S&P j� esteve hoje cedo em reuni�o com o presidente do banco, Alexandre Tombini, e outros sete diretores e tem reuni�o agendada com o ministro Guido Mantega, �s 11h30.
O Brasil recebeu da S&P a classifica��o de grau de investimento em abril de 2008, com avalia��o BB+, que mant�m at� hoje. Um m�s depois, a Fitch tamb�m situou o pa�s no segmento m�ximo de avalia��o e, um ano e meio mais tarde, foi a vez da Moody's. A visita t�cnica da ag�ncia agora � vista com alguma apreens�o pelo governo, que espera manter o grau de investimento.
Em janeiro, em entrevista ao Broadcast, servi�o de informa��es da Ag�ncia Estado, o diretor respons�vel por Ratings Soberanos da S&P, Joydeep Mukherji, disse que, apesar de ainda n�o haver uma defini��o em rela��o ao Pa�s, a ag�ncia poderia rebaixar este ano o rating soberano em um n�vel, o que, mesmo assim, n�o significaria a perda do grau de investimento. Em junho do ano passado a ag�ncia colocou o Brasil sob perspectiva negativa.
Em pauta, a miss�o t�cnica da ag�ncia tem a incumb�ncia de avaliar principalmente as tend�ncias da pol�tica fiscal e monet�ria e outras vari�veis macroecon�micas. A inclus�o de minist�rios fora da �rea econ�mica podem indicar preocupa��o tamb�m em rela��o a quest�es de infraestrutura.
Alguns interlocutores que j� estiveram com Lisa e sua equipe disseram ao Broadcast que eles estavam mais preocupados em ouvir as avalia��es sobre o cen�rio atual do que em tecer qualquer coment�rio que pudesse deixar pistas sobre a decis�o da ag�ncia, que s� deve ser conhecida em, mais ou menos, um m�s.