O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quinta-feira, um pacote de medidas para tentar reduzir o rombo das distribuidoras de energia el�trica e admitiu que parte do custo ser� repassada aos consumidores. A principal medida � a libera��o, pelo Tesouro Nacional, de R$ 4 bilh�es para o setor, que, segundo o ministro, ser�o compensados com aumentos programados de alguns tributos ao longo deste ano e recursos oriundos da complementa��o do Refis do ano passado. No Or�amento deste ano, j� estavam previstos R$ 9 bilh�es em aportes do Tesouro � Conta de Desenvolvimento Energ�tico (CDE), chegando agora a R$ 13 bilh�es.
O governo repartiu o �nus dos problemas do setor el�trico com os consumidores. "Vamos dividir o �nus entre Uni�o, consumidores e o Sistema El�trico", anunciou o ministro. Para isso, ser� dada uma autoriza��o para que a C�mara de Compensa��o de Energia El�trica (CCEE) capte junto ao mercado um financiamento de aproximadamente mais R$ 8 bilh�es para cobrir necessidades das distribuidoras para fazer pagamento a geradoras.
Segundo Mantega, n�o h� valor fixo. Esse empr�stimo vai ser ressarcido com aumentos de tarifas das contas de luz feitos ao longo do tempo. "Esses R$ 8 bilh�es ficam de alguma forma para os consumidores no futuro", admitiu Mantega. "A redu��o das chuvas no in�cio do ano reduziu o n�vel dos reservat�rios e implicou no acionamento das termel�tricas para fornecimento de energia, com energia at� seis vezes mais cara", disse Mantega.
A frustra��o do leil�o A-1 de dezembro do ano passado tamb�m levou as empresas a comprarem eletricidade mais cara no mercado � vista. Por isso, conforme antecipado pelo Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, para equacionar a eleva��o do custo da energia el�trica - que Mantega classificou como "tempor�ria" - o governo ir� realizar um leil�o A-0 em abril para a contrata��o de energia existente hidro e termel�trica, com fornecimento j� a partir de maio.
O ministro lembrou que em 2015 haver� a entrada de cotas de 5 mil megawatts m�dios no sistema a um pre�o mais baixo, o que compensaria parte o aumento das tarifas. "N�o h� nenhuma altera��o das regras contratuais do setor el�trico", concluiu o Mantega.