O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta ter�a-feira, 18, durante audi�ncia na Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE) do Senado, que a atua��o da institui��o tem sido no sentido de permitir que o processo de mudan�as de pre�os relativos seja suavizado. Ele destacou que os pre�os administrados subiram 2 pontos porcentuais nos �ltimos tr�s mese e previu que o aumento ser� de 4,5% este ano e em 2015.
O presidente do BC disse que o realinhamento dos pre�os j� est� nas contas do BC, mas admitiu que "talvez" haja uma revis�o dos pre�os "aqui e acol�" no relat�rio de infla��o que ser� divulgado no final do m�s. "N�o tem nada que nos condene a ter uma infla��o acima do centro da meta", disse Tombini. Segundo ele, o BC vai continuar a perseguir o centro da meta. "Vamos perseguir. Estivemos muito pr�ximos em meados de 2012 do centro da meta", disse.
Segundo o presidente do BE, embora n�o esteja calcada nos mesmo par�metros do IPCA, a infla��o da Fipe encerrou o ano passado abaixo do centro da meta e est� em 3,99% nos �ltimos 12 meses encerrados em fevereiro. "Continuamos perseguindo essa nossa meta", afirmou em audi�ncia p�blica no Senado.
Ele afirmou tamb�m que a rela��o d�vida l�quida/PIB continua em trajet�ria descendente. "N�o temos problema de sustentabilidade da d�vida", afirmou. Segundo Tombini, o governo tem tomado todas medidas para fazer com que esse processo se consolide. Ele afirmou ainda que a pol�tica fiscal est� convergindo para uma posi��o de neutralidade do ponto de vista estrutural e n�o adiciona mais carga na demanda, de forma que a pol�tica monet�ria n�o tem que atuar para compensar a pol�tica fiscal.
Press�o
O presidente do BC explicou que o Brasil aumentou o mercado consumidor sem ampliar a produtividade, situa��o que tem colaborado para manter a infla��o do pa�s em n�vel elevado. Ele avaliou ainda que o setor de servi�os tem ganhado cada vez mais espa�o na economia brasileira e que, por defini��o, tem produtividade diferente dos demais segmentos. "Olhando para frente, a agenda tem de ser de aumento da produtividade. Temos de revitalizar e expandir a nossa t�o necess�ria infraestrutura em transporte e log�stica", disse. Tombini defendeu que a economia n�o deve apenas agregar recursos humanos ao mercado, mas tornar o trabalho mais produtivo.