O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, defendeu nesta ter�a-feira, a atua��o da institui��o no epis�dio em que a Caixa encerrou contas de poupan�a por irregularidades cadastrais e transferiu R$ 420 milh�es como lucro para o balan�o de 2012.
Em audi�ncia p�blica na Comiss�o de Assuntos Econ�micos do Senado, ele disse que o procedimento de encerramento de conta � previsto e "de certa forma" incentivado. Tombini, sem entrar em detalhes, explicou que o que houve foi uma realoca��o cont�bil. "O BC determinou a cessa��o dessa pr�tica e foi atendido. Os ajustes de incorre��es na contabilidade est�o sendo feitos por determina��o do BC", afirmou.
Tombini recha�ou que tenha havido "um confisco" dos recursos de conta de poupan�a, como dito em mat�rias na imprensa e mencionado pelo senador de oposi��o, Agripino Maia (DEM/RN). "Aqueles que tiveram problemas em rela��o ao ocorrido foram prontamente atendidos pela Caixa", disse.
O presidente do BC evitou dar mais detalhes sobre o caso e avisou que o BC n�o divulga seus procedimentos internos em rela��o a casos espec�ficos. "Naturalmente, n�s temos nossos procedimentos, que s�o utilizados para nos assegurarmos de que as resolu��es do BC e do CMN (Conselho Monet�rio Nacional) sejam observadas com rigor. Certamente, no caso espec�fico, estamos conduzindo o assunto nessa dimens�o", disse.
Ele ainda lembrou que o Congresso pode requisitar mais informa��es. Tombini defendeu a a��o do BC que, segundo ele, tomou todas as provid�ncias como regulador e deu in�cio ao processo que continua internamente. "� necess�rio que haja procedimentos internos rigorosos para se conduzir esse tipo de opera��o. As quest�es que deveriam ser remediadas est�o sendo remediadas e n�o vamos deixar que haja preju�zo para nenhum depositante", afirmou.
Tombini negou ainda que o BC s� tenha agido ap�s a publica��o de mat�ria sobre o caso. "A a��o do BC foi tempestiva e anterior a qualquer reportagem. Os mecanismos foram acionados e a corre��o segue procedimentos internacionais. As consequ�ncias do caso est�o sendo avaliadas internamente pelo Banco Central", revelou.