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Estado de Minas

Diante da seca, Brasil faz uso recorde de termel�tricas movidas a �leo diesel e carv�o mineral

Segundo relat�rios do Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS), enquanto a participa��o das hidrel�tricas recuou de 91,2% para 79,2%, de 2011 a 2013, a produ��o das t�rmicas cresceu de 8,4% para 19,8% no mesmo per�odo.


postado em 24/03/2014 00:12 / atualizado em 24/03/2014 07:14

Bras�lia - A eletricidade vendida aos brasileiros alcan�ou, desde janeiro, o custo m�dio mais caro da sua hist�ria, al�m de embutir o uso recorde de fontes campe�s em polui��o atmosf�rica, como �leo diesel e carv�o mineral. A crise estrutural do sistema el�trico, desencadeada pela escassez de chuvas nas regi�es onde est�o localizados reservat�rios de hidrel�tricas no come�o do ano e pelos atrasos em investimentos de gera��o e de transmiss�o, resultar� em um pesado reajuste nas contas de luz em 2015.


Mas esse quadro agravado pela perspectiva de racionamento no segundo semestre j� rendeu lucros fartos aos donos de usinas termel�tricas. Entre eles est�o empresas indiretamente controladas por cl�s pol�ticos regionais aliados do governo federal e empres�rio como Eike Batista, que, mesmo ap�s o colapso de seu grupo EBX, continua s�cio da companhia de gera��o t�rmica Renova, ex-MPX.

A raz�o disso � que o pior regime hidrol�gico para os meses de janeiro e fevereiro em seis d�cadas, aliado ao crescimento cont�nuo da demanda, sobretudo a residencial, baixou os n�veis das represas de usinas cr�ticos, iguais e at� piores aos de 2001, ano do racionamento. A �nica sa�da � recorrer ao parque t�rmico, com capacidade atual de 28,3 mil megawatts (MW). Resultado: a energia gerada pelas termel�tricas j� corresponde 20% do consumo el�trico nacional.

Segundo relat�rios do Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS), enquanto a participa��o das hidrel�tricas recuou de 91,2% para 79,2%, de 2011 a 2013, a produ��o das t�rmicas cresceu de 8,4% para 19,8% no mesmo per�odo. "A verdade � que o Brasil est� cada vez mais dependente das termel�tricas, colocando em xeque o discurso ufanista do governo de maior matriz limpa do planeta", provocou o consultor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie).

Em oito anos, a gera��o de energia no pa�s por combust�veis f�sseis, biomassa e reatores nucleares, saltou 662%, conforme dados do ONS. Nos primeiros dois meses de 2006, a gera��o termel�trica era de 2.575 MW m�dios e, m�s passado, ela j� tinha passado de 19.624 MW. Dos 51 mil MW de pot�ncia agregada ao sistema interligado nacional nos �ltimos 13 anos, 48% s�o provenientes de termel�tricas.

Apesar desse avan�o, Cl�udio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil, aponta erros do perfil de usinas empregadas no parque termel�trico nacional, inadequadas para o momento e para as proje��es futuras de demanda. Considerando a tend�ncia de crescente acionamento, ele sugere que os novos projetos de gera��o t�rmica sejam mais robustos, mas com custos finais mais baixos. "Atualmente, cerca de metade das usinas s�o de baixo investimento inicial, mas despesa operacional mais cara. Essa situa��o obriga � liga��o de cada vez mais unidades", resume.

Para piorar, essa mesma eletricidade mais cara e poluente — �leo diesel � frente nos dois sentidos —� tamb�m a mais dispon�vel para cobrir a demanda sem cobertura de contratos de longo prazo, situa��o que levou o pre�o m�dio no curto prazo bater no teto hist�rico de R$ 822,83 o MW m�dio. Por outro lado, o custo operacional das t�rmicas est� estimado em R$ 1,3 mil o MW m�dio. Enquanto as hidrel�tricas geram um MW hora a R$ 30 em m�dia, o mesmo custo para as termel�tricas � de R$ 200 e chega a bater em R$ 500. Contudo, para 42% delas, o custo m�dio passa de R$ 200.

 


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