
“As mudan�as no cronograma se devem a sucessivos atrasos na entrega dos projetos executivos de engenharia e � demora nas libera��es das frentes de trabalho, cuja responsabilidade n�o � do cons�rcio”, diz nota do respons�vel pela execu��o das obras. As empresas dizem cumprir todas as obriga��es contratuais e que alertaram a Infraero por diversas vezes. “Como ainda faltam projetos executivos a serem entregues pela Infraero, n�o h� como precisar quando a obra ser� conclu�da”, diz outro trecho da nota.

O atraso resultou na necessidade da assinatura de dois aditivos contratuais, que, juntos, somam R$ 17 milh�es. A empresa j� indicou a necessidade de um terceiro acr�scimo. O deputado estadual Fred Costa, presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Mobilidade Urbana, diz que pode denunciar ao Minist�rio P�blico “se comprovado que houve mau uso do dinheiro p�blico”. Ele afirma que h� total falta de planejamento. “O cidad�o que j� est� sendo t�o prejudicado n�o pode ser onerado com mais esta conta”, diz o deputado, que, ao lado de outros parlamentares, esteve no aeroporto por quatro vezes para fiscalizar o andamento da obras.
Mar de desordem Al�m de pagar a conta pela inefici�ncia da Infraero, os passageiros s�o for�ados a conviver com um terminal saturado. �s v�speras da Copa do Mundo, falta muito servi�o. As escadas rolantes que ligam o primeiro e o segundo andar do sagu�o n�o foram substitu�das. Ao subir ou descer, o ranger das escadas mostra o qu�o antigos s�o os equipamentos.
A Infraero diz que as escadas ser�o substitu�das. Mas o problema � s� um em um mar de desordem. Tr�s dos oito elevadores previstos; o setor de embarque e desembarque internacional; o piso e o forro da sala de embarque e o subsolo (esta��o de tratamento de �gua, obras de apoio mec�nicas e el�tricas) s� passar�o por interven��es depois da Copa do Mundo, apesar de integrarem o escopo das mudan�as previstas para o Mundial.
A previs�o � que 55% das interven��es sejam entregues at� 31 de maio. De 12 de junho a 13 de julho, as obras ser�o paralisadas e retomadas depois do torneio. No per�odo, segundo o presidente da Infraero, Gustavo do Vale, as obras ser�o “tapeadas”. A Infraero garante que 45% das a��es ser�o efetuadas em 45 dias. Em quase 1 mil dias, 52% das interven��es foram entregues.
A amplia��o da �rea do terminal de passageiros em 7,3 mil metros quadrados, pouco mais de 10%, � a garantia do aumento da capacidade em 1,5 milh�o de passageiros por ano, aliviando o gargalo operacional de Confins, que operou com 10,4 milh�es de passageiros por ano em 2013.
Mem�ria
Segundo terminal fica pelo caminho
A constru��o de um “puxadinho” para receber parte da demanda do aeroporto foi definida depois de a Infraero descartar a constru��o de um segundo terminal. Em mar�o de 2012, a estatal contratou o cons�rcio Concremat/Themag para elaborar os projetos b�sico e executivo do terminal com capacidade para 10 milh�es de passageiros por ano, dobrando o total de pessoas que Confins pode receber anualmente. Pela proposta, at� dezembro de 2012 as empresas entregariam o projeto b�sico, permitindo � Infraero licitar a parte de obras. Pelo cronograma, o terminal ficaria pronto 18 meses depois da licita��o. Ao todo, R$ 10,46 milh�es foram gastos para os projetos. Apesar da promessa, o mesmo s� deve ser constru�do pela concession�ria que assumiu a administra��o do aeroporto, com previs�o de entrega para abril de 2016.