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Estado de Minas

Confins: Companhias a�reas est�o impedidas de solicitar novos voos durante a Copa

Sem a conclus�o das obras da pista de pouso e do p�tio de aeronaves, al�m do terminal de passageiros, as empresas tiveram que limitar os pedidos.


postado em 11/05/2014 07:00 / atualizado em 11/05/2014 08:21

Segundo a Infraero, a obra do pátio de aeronaves, que deve mais que triplicar o espaço disponível para aviões (de 113 mil para 369 mil metros quadrados), deve ser entregue em 31 de maio(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Segundo a Infraero, a obra do p�tio de aeronaves, que deve mais que triplicar o espa�o dispon�vel para avi�es (de 113 mil para 369 mil metros quadrados), deve ser entregue em 31 de maio (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
A limita��o da capacidade operacional de Confins impediu �s companhias a�reas de solicitar novos voos durante a Copa do Mundo. Sem a conclus�o das obras da pista de pouso e do p�tio de aeronaves, al�m do terminal de passageiros, as empresas tiveram que limitar os pedidos. At� porque o presidente da Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil, Marcelo dos Guaranys, em declara��es � imprensa, havia ressaltado que a libera��o de slots seria feita de acordo com o limite operacional de cada aeroporto. Em Confins, por exemplo, a Azul tentou criar novas rotas para o interior do estado mas foi vetada pela ag�ncia reguladora. N�o � toa, Belo Horizonte foi a cidade-sede em que a cria��o de voos extras durante a Copa teve a menor varia��o percentual (11,4%, considerando Confins e Pampulha), segundo a Associa��o Brasileira das Empresas A�reas (Abear). O acr�scimo de assentos ser� de 3,7%, maior apenas que em Curitiba.

Segundo a Infraero, a obra do p�tio de aeronaves, que deve mais que triplicar o espa�o dispon�vel para avi�es (de 113 mil para 369 mil metros quadrados), deve ser entregue em 31 de maio. Mas, no canteiro de obra, oper�rios dizem que toda a constru��o dificilmente ser� entregue na data. Os coment�rios d�o conta de que haver� uma interrup��o da obra durante a Copa do Mundo e a retomada somente depois do evento, sendo necess�rios mais 30 dias para a execu��o completa das interven��es. Por contrato, tanto o p�tio quanto a pista de pouso deveriam ser conclu�dos at� abril. A Cowan, empresa contratada para o projeto, n�o retornou �s liga��es do Estado de Minas e na obra os engenheiros respons�veis n�o quiserem falar.

A proposta dos �rg�os de avia��o do governo federal era que o novo p�tio de Confins fosse usado para receber aeronaves de outros aeroportos durante a Copa do Mundo. Os passageiros desembarcariam nos terminais de Rio e S�o Paulo e os avi�es voariam para BH para esperar o pr�ximo voo. O fato de Confins estar em seu limite operacional impede tal alternativa. Antes mesmo do torneio, Confins j� n�o � usado mais como rota alternativa para outros aeroportos pr�ximos, segundo a Abear. Normalmente, em caso de condi��es clim�ticas adversas em Bras�lia, Rio ou S�o Paulo, seria poss�vel deslocar os voos para o terminal da Grande BH at� o piloto ter teto para descer em seu destino original.

Na pista O atraso maior, no entanto, se d� com a pista. As duas obras fazem parte de um mesmo contrato. Pelo cronograma, a obra deveria ser entregue em fevereiro, apesar de o cronograma ser at� abril. At� fevereiro, s� 33,87% dos projetos tinham sido executados. A Infraero j� confirmou que a expans�o da pista s� ser� finalizada em agosto. O principal entrave para conclus�o � a necessidade de interdi��o de um trecho da pista para que os 600 metros em constru��o sejam somados aos 3 mil metros existentes. Isso poderia inclusive for�ar o cancelamento dos voos internacionais. Em negocia��o com as empresas, no entanto, foi acordado que o fechamento da pista ser� feito somente durante a madrugada, o que obrigou as empresas a remanejar os hor�rios.

Problemas j� na decolagem da expans�o

A ado��o de um novo formato de licita��o em obras para a Copa do Mundo acabou por retardar o in�cio das obras do terminal provis�rio do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins. Sem um projeto de engenharia em m�os, a Infraero preferiu licitar a obra por meio do Regime Diferenciado de Contrata��o (RDC), modelo proposto pelo governo federal para as constru��es que visavam o torneio. O problema � que por tr�s vezes houve fracasso nas licita��es, retardando o in�cio das obras em quase um ano.

A sele��o da empresa deveria se encerrar em outubro de 2012, mas as concorrentes apresentaram propostas muito superiores ao or�amento previsto para a obra. Pelo RDC, o montante dispon�vel � mantido em sigilo. A Infraero estava disposta a investir R$ 48 milh�es, mas as propostas das concorrentes variaram de R$ 79 milh�es a R$ 141 milh�es, pelo menos 64% acima do teto. Em uma segunda tentativa com as mesmas regras, em dezembro de 2012, tr�s propostas foram feitas, mas a Infraero pediu desconto de 35% em rela��o � oferta de R$ 75,38 milh�es apresentada por uma das concorrentes. Nada feito. E o certame fracassou de novo.

Depois de repetidos insucessos, a Infraero decidiu mudar as regras e diminuir as exig�ncias do projeto. Em maio do ano passado, nova licita��o e novo fracasso. Apesar de sete empresas terem solicitado o edital, nenhuma delas apresentou proposta no dia marcado. Ainda assim, a Infraero mantinha posi��o firme sobre a constru��o do terminal que aumentaria a capacidade do aeroporto em 3,9 milh�es de passageiros por ano. “O terminal remoto estar� pronto para a Copa de 2014, de forma a atender a demanda prevista”, dizia resposta da Infraero a questionamentos do Estado de Minas.

Sem tempo para iniciar a obra, a estatal decidiu contratar a empresa por dispensa de licita��o. Assim, empresas foram chamadas para apresentar seus valores para executar o projeto. Apesar de concorrentes terem afirmado que com o valor proposto seria invi�vel fazer o projeto, Urb Topo e EPC Engenharia aceitaram executar a obra por R$ 22,32 milh�es, tendo que simultaneamente executar o projeto de engenharia.

As obras do terminal provis�rio estavam previstas para iniciar em agosto de 2013, mas foram come�ar de fato 63 dias depois. Primeiro, houve um retardo de 30 dias devido � necessidade de os funcion�rios passarem por um treinamento para executar as obras. O curso era obrigat�rio devido � proximidade com a torre de controle. Depois disso, as chuvas de fim de ano atrasaram em mais 33 dias. Com isso, a obra prevista para ser conclu�da em mar�o ser� entregue somente no pr�ximo dia 31. Exatos dois meses depois.

Teste Segundo balan�o da empresa Urb topo, 88% do or�amento foi executado. Mas, segundo o gerente comercial, Henrique Abreu, “o pagamento s� � feito depois da conclus�o do projeto. � pago 100% ou nada”, diz ele. A obra civil est� quase pronta, faltando arremates e a limpeza. No mais, falta fazer a instala��o de equipamentos e a montagem dos m�veis. Os objetos j� est�o na obra. No dia 20, est� prevista uma vistoria da Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac). Ser� testado o funcionamento da opera��o. Novas interven��es podem ser feitas depois caso a ag�ncia reguladora indique a necessidade.

Apesar da conclus�o, ele n�o ser� usado para receber passageiros de voos comerciais. A nova unidade ser� exclusiva para atender a voos executivos internacionais. A entrega prevista para ser feita duas semanas antes do in�cio do evento esportivo, inviabiliza a opera��o efetiva. Com isso, o gargalo do terminal de passageiros principal permanecer� mesmo com as obras.

 


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