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Estado de Minas

Controle biol�gico das flores org�nicas � o maior aliado contra pragas

Como n�o h� uso de agrot�xicos, flores precisam de t�cnicas especiais


postado em 30/06/2014 06:00 / atualizado em 30/06/2014 10:33

O sucesso do cultivo de flores org�nicas depende tanto da correta identifica��o das pragas que agem na regi�o da planta��o quanto dos meios de controle das mesmas. A pesquisadora L�via Carvalho, da Empresa de Pesquisa Agropecu�ria de Minas Gerais (Epamig), recomenda que o monitoramento seja feito semanalmente. “Pragas como pulg�es e moscas-brancas podem ser monitoradas por meio da utiliza��o de armadilhas adesivas amarelas, as quais devem ser colocadas a cada 200 metros quadrados, na altura do topo da planta e em �reas de risco maior de infesta��o, como bordas dos cultivos, pr�ximas � entrada ou nas aberturas de ventila��o das casas de vegeta��o”, ensina a especialista.

Apenas a t�tulo de esclarecimento, os pulg�es, tamb�m conhecidos como piolhos-das-plantas, s�o insetos (h� mais de 4 mil esp�cies conhecidas) que perfuram os vasos condutores dos vegetais para se alimentar da seiva. Eles procriam rapidamente e podem transmitir fungos aos vegetais. Um dos sintomas mais comuns da a��o da praga � o amarelamento da planta. Outros s�o o enrugamento e o enrolamento de folhas.


Da mesma forma, a mosca-branca (Bemisia argentifolii) enfraquece as flores por meio da suc��o da seiva e � capaz de transmitir fungo que prejudica o desenvolvimento do vegetal, provocando a redu��o da flora��o. Na verdade, ela n�o � uma mosca, mas um hem�ptero (mesma ordem dos pulg�es). A praga tamb�m se reproduz rapidamente: cada f�mea, em m�dia, � capaz de produzir 200 ovos.

Antônio da Costa, trabalhador do sítio, cuida das mudas das plantas com cheiros fortes, como arruda, manjericão e coentro: arma contra pragas (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Ant�nio da Costa, trabalhador do s�tio, cuida das mudas das plantas com cheiros fortes, como arruda, manjeric�o e coentro: arma contra pragas (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Algumas esp�cies de percevejos e de besouros s�o predadores naturais da mosca-branca e dos pulg�es, mas os produtores tamb�m podem se precaver contra as pragas por meio de algumas a��es. Uma delas, explica a especialista da Epamig, � a poda e a destrui��o das partes mais afetadas pelos insetos. Outra forma � o uso de embalagens TNT para proteger as flores do ataque, por exemplo, da abelha irapu� (Trigona spinipes).

“Recomenda-se proteger as flores logo que estejam formadas, antes do in�cio da abertura floral e antes que ocorra o ataque da abelha. A embalagem deve ser colocada cobrindo toda a flor e prendendo a parte inferior com grampo ou arame, para que a mesma n�o se solte da haste das flores”, explica L�via.

No s�tio Flor de Corte, outro m�todo usado � o plantio de “repelentes” ao redor das plantas. “Os alecrins, os manjeric�es e outras esp�cies, que n�s mesmos cultivamos aqui, s�o plantados ao lado das flores org�nicas para afastar as pragas”, conta o gerente da fazenda, Adelmir Bispo de Roma.

� bom lembrar que, no Brasil, as flores tropicais s�o mais resistentes �s pragas e doen�as do que as esp�cies ex�ticas, como cris�ntemos, rosas e l�rios. Na pr�tica, esclarecem pesquisadores da Epamig, significa dizer que o plantio de flores tropicais favorecem o desenvolvimento e a produ��o de qualidade com pr�ticas menos agressivas � popula��o e ao meio ambiente quando comparadas �s usadas nas esp�cies ex�ticas.

Pulgões e moscas-brancas são capturadas nas folhas adesivas amarelas colocadas a cada 200 metros quadrados (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Pulg�es e moscas-brancas s�o capturadas nas folhas adesivas amarelas colocadas a cada 200 metros quadrados (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Certifica��o O produtor interessado em conseguir do Instituto Mineiro de Agropecu�ria (IMA) o selo do Sistema Brasileiro de Avalia��o da Conformidade Org�nica (SisOrg) deve pleitear junto � entidade mineira uma visita de auditores. Antes, por�m, � recomend�vel que o interessado acesse o site do instituto (www.ima.mg.gov.br) e siga os passos recomendados para a obten��o do certificado, como conhecer toda a legisla��o que trata da produ��o org�nica.

“No caso das flores org�nicas, h� dois aspectos. Se o produtor j� for assistido por um �rg�o p�blico, como a Empresa de Assist�ncia T�cnica e Extens�o Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Empresa de Pesquisa Agropecu�ria de Minas Gerais (Epamig) ou universidades p�blicas, e atender a todas as regras da legisla��o de produ��o org�nica, em cerca de um m�s ele pode conseguir a certifica��o. Por�m, caso ele n�o seja assistido por um �rg�o p�blico, precisar� passar por um per�odo de convers�o, de 12 a 18 meses, e precisar� atender � legisla��o da produ��o org�nica e receber a visita de uma auditoria inicial e outra que comprove a convers�o. As auditorias s�o anuais”, esclarece o engenheiro-agr�nomo Lucas Guimar�es, fiscal agropecu�rio do IMA.

Em Minas, a �nica propriedade que tem a sua produ��o de flores certificada � o s�tio Flor de Corte, em Jaboticatubas, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. L�, o gerente do empreendimento, Adelmir Bispo de Roma, explica que em todo o processo de cultivo � feito o uso de insumos naturais. O h�mus que alimenta as diferentes esp�cies de flores produzidas no s�tio � feito por meio de compostagem de feij�o-guandu e outros vegetais.

“Fazemos a compostagem e a colocamos (numa esp�cie de tanque de cimento) para que as minhocas transformem a terra em h�mus”, conta, orgulhoso, Adelmir, que conta com a ajuda de seu Ant�nio Costa para produzir mudas que ir�o servir como repelentes naturais �s pragas que agem na regi�o. (PHL)


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