O setor de cart�es de cr�dito e d�bito deve continuar apresentando inflex�o na curva de crescimento em 2015, resultado do aumento da base, mas a expans�o permanecer� na casa dos dois d�gitos, segundo Marcelo Noronha, presidente da Associa��o Brasileira das Empresas de Cart�es de Cr�dito e Servi�os (Abecs). As proje��es da entidade j� foram definidas para o pr�ximo exerc�cio, por�m, de acordo com ele, ainda n�o ser�o anunciadas.
Neste ano, a expectativa de Abecs � que o volume movimentado alcance R$ 1 trilh�o, com crescimento de 17% ante 2013. De janeiro a junho, a cifra chegou a R$ 455 bilh�es, alta de 16,3% no comparativo anual e fez a Associa��o reiterar seu guidance (meta) para 2014.
Sobre o t�rmino dos acordos existentes entre bandeiras e adquirentes, ele disse que esse movimento deve ser realidade j� no quarto trimestre deste ano. Segundo o presidente da Abecs, a entidade n�o vai arbitrar pre�os e condi��es, mas estimular players a chegarem a acordos privados.
"O t�rmino dos acordos vai acontecer de maneira ampla. Pode ter gente posicionada que n�o queria acordo, mas vamos continuar observando queda de pre�o no mercado brasileiro", destacou Noronha.
No primeiro semestre, as taxas de desconto ao lojista (MDR, na sigla em ingl�s) no cart�o de cr�dito foi a 2,72% ante 2,98% em 2008. No d�bito, recuou para 1,53% contra 1,60%, na mesma base de compara��o. A tend�ncia do indicador, conforme refor�ou Noronha, � de retra��o em meio � concorr�ncia entre as adquirentes que atuam no setor, como Cielo e Rede (ex-Redecard).
Credi�rio
A padroniza��o do credi�rio (cr�dito no POS) est� avan�ando, mas esse processo n�o � trivial e, portanto, n�o deve sair este ano, segundo Noronha. "A Abecs tem um comit� sobre credi�rio e estamos conversando para implementar padr�es no produto, mas padronizar n�o � trivial", afirmou.
De acordo com ele, o objetivo da Abecs � que os consumidores possam simular, independentemente da bandeira, adquirente, emissor, um financiamento com "clareza" e "padr�o". Noronha destacou que a unifica��o de todo o sistema � extremamente complexa. "N�o h� um prazo para isso ocorrer", informou o presidente da Abecs.
Sobre a possibilidade de terminar o parcelamento no cart�o sem juros, tema que ganhou for�a com a queda dos juros, ele disse que n�o h� conversas no setor em torno desse assunto. No entanto, lembrou que os emissores s�o livres para autorizar tal pr�tica. Noronha destacou, ainda, que h� o limite da concorr�ncia, uma vez que os bancos emissores concorrem bastante entre si.